Dá.

Aliás, já deu. Não no sentido de que “acabou”. Mas no de que é possível. É Palmeiras. É o Allianz Parque. Estádio que só quem não o conhece, não conhece o palmeirense, e também não conhece o futebol não teme e não treme.

Dá.

Porque ninguém aqui acha que vai dar. Não é futuro do pretérito nem pretérito imperfeito. É hoje pra ser amanhã. É agora pra ser eterno.

Dá. Porque torcer é doar. Amor incondicional que não pede recibo, não cobra prestação e nem exige recíproca. E aqui ninguém se diz maior. Não se tem o monopólio da virtude, da verdade, da fidelidade, da loucura.

Aqui se ama como família. Divergimos. Divertimos. Mas somos 11 em campo como qualquer clube. Mas não somos os ungidos. Os fiéis acima Dele e dos fatos. Os campeões que voltaram. A nação que acredita.

Temos espírito de porco e alma de periquito para calar o Boca é quem torce o nariz e distorce nossa origem, nosso nome, nosso jogo, nossas vitórias, nossas conquistas.

Vai ser difícil. Mas não estamos perdidos. Já jogamos partidas piores. Já ganhamos jogos mais difíceis. Não é até o apito final. É antes dele. Talvez depois, nos pênaltis.

A lógica diz que o hexa da América vai buscar o hepta. Mas futebol é algo além dela. E a lógica não combina com o que o torcedor sente. Nem com o que esse time pode jogar.

Dá. No presente que é Palmeiras, pelo passado de Palestra, e pelo futuro que hoje faremos ainda mais Palmeiras.