Arquivos amarcord - Nosso Palestra https://nossopalestra.com.br/assunto/amarcord/ Palmeirenses que escrevem, analisam, gravam, opinam e noticiam o Palmeiras. Paixão e honestidade. Fri, 25 Oct 2019 16:18:58 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.5.2 A volta do Palmeiras em 2013 https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/a-volta-do-palmeiras-em-2013/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/a-volta-do-palmeiras-em-2013/#respond Fri, 25 Oct 2019 16:18:58 +0000 https://nossopalestra.com.br/2019/10/25/a-volta-do-palmeiras-em-2013/

Foto: Marcos Riboli/Globoesporte.com Faz cinco anos que escrevi este texto para o LANCE!Depois do retorno da equipe à Série A do Brasileiro. O que escrevi há seis anos: RelacionadasPedro Lima tem futuro indefinido na Inglaterra e tendência é retorno ao PalmeirasAlicia Klein cita ‘Era Abel’ e coloca técnico como maior da história do Palmeiras: ‘Sem […]

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Foto: Marcos Riboli/Globoesporte.com
Faz cinco anos que escrevi este texto para o LANCE!Depois do retorno da equipe à Série A do Brasileiro.

O que escrevi há seis anos:

Eu não vou para a Paulista comemorar como fui pela primeira vez em 12 de junho de 1993. Eu não retorno à avenida que foi palmeirense pela última vez em 2012, na Copa do Brasil, quando fui com meus filhos celebrar o mais inesperado título palestrino – se é que existe inesperado campeão quando esse vencedor é o Palmeiras.
Eu celebro comedido o retorno ao lugar do campeão do século (passado) como celebrei o SP-76. Ergo o braço, beijo a família, abraço os amigos de credo e de verde, e volto a dormir. Sem muita graça. Sem desgraça. Na raça. Sem pirraça. Sem troço. Sem troco para algo que não tem dinheiro que pague na Segundona dos infernos reloaded. Esse treco onde insistimos em meter os pés tortos pelas mãos de alface.
Comemoro o Verdão com um sorriso meio amarelo – e não da pátria amada, Palmeiras. É obrigação subir para um grande que cai – mas que não se rebaixa. Só que agora chega. Já deu. 2013. 2003. Sem contar as Taças de Prata de 1981 e 1982. É muito ferro para muito Palmeiras. Mesmo quando pouco de espírito de porco se viu nesses anos de chumbo.
Tem ainda muito Palmeiras a ser replantado e repensado. Festejo não por ser campeão, mas por ser palmeirense. De primeira ou de segunda. Amor que multiplica. Que não tem divisão. Tudo que já escrevi pra nós e pros outros. Tudo que espero não escrever de novo.
Basta de celebrar o que também não podemos ter vergonha. Mas, sim, grandeza para saber quanto pensamos e quando jogamos pequeno. Quanto nos apequenamos em vez de ser apenas Palmeiras.
Mais uma vez o Verdão expiou pecados e projetos não pagos. O palmeirense, mais uma vez, vestiu a camisa e carregou no colo o time limitado com um amor ilimitado pelo Brasil da B com classe A.
Não fomos a academia de futebol que somos. Mas soubemos de novo honrar o que nos faz viver. O Palmeiras. Não jogamos como tal. Mas nos portamos com a mesma seriedade e humildade. Encarando a segunda com alma de primeira. Cruzando cada rio como se fosse o de Janeiro na Copa Rio de 1951. Vencendo cada partida como se fosse uma Libertadores de 1999. Reconquistando o Brasil como se fosse na Taça e na Copa do Brasil. Como se fosse Robertão e Brasileirão. Como nessa fossa em que nos metemos saímos de alma lavada.
Aprendemos pouco de futebol na Segundona. Mas, uma vez mais, ensinamos mais que Palmeiras. Demos uma lição de amor. Aquilo que aprendemos nas vitórias que ninguém ganhou mais vezes no Brasil. Naquilo que aprendemos nas derrotas que já doeram demais.
Parabéns, palmeirense. Você é um sujeito de primeira. Você não precisa ser campeão para celebrar nosso Palmeiras. Só precisa do nosso Palmeiras para ser o que é. Campeão.

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A cadeira ao lado https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/a-cadeira-ao-lado/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/a-cadeira-ao-lado/#respond Thu, 15 Aug 2019 20:35:16 +0000 https://nossopalestra.com.br/2019/08/15/a-cadeira-ao-lado/

Era dia de festa do deca. Palmeiras x Vitória em casa. Jogo das faixas. De levantar a taça como brinde. Primeira vez da Mariana sem o pai ao lado. Ela é Roma de sobrenome. Tinha de ser Palestra como o avô materno Antonio. Não como o pai Paulo que era Portuguesa. Eles ensinaram Mariana a […]

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Era dia de festa do deca. Palmeiras x Vitória em casa. Jogo das faixas. De levantar a taça como brinde. Primeira vez da Mariana sem o pai ao lado.

Ela é Roma de sobrenome. Tinha de ser Palestra como o avô materno Antonio. Não como o pai Paulo que era Portuguesa. Eles ensinaram Mariana a gostar e entender de futebol.

A primeira vez foi no Canindé. Vasco ganhou da Lusa do pai dela. E a menina cada vez mais Palmeiras como o avô. Tanto foi ficando que levou o pai pro lado verde da forza. Paulo começou a sair rouco dos jogos. De xingar juiz e atacante. Treinador e cartola. Cada vez mais perto da Mariana e do amor que é verde.

Não sei se ele ficou mais palmeirense ou mais Mariana. Ou os dois. “Sempre brincava com ele que eu era o "filho" que ele queria ter, só que nasci mulher e apaixonada por futebol, pra ser a companheira dele nas partidas. Quando víamos os jogos em casa, comíamos pipoca, ele amava, pulávamos e gritávamos em cada gol do Palestra, assim como também ficávamos bravos e tristes com ‘roubos’ e derrotas”.

Paulo morreu cedo, durante a Copa na Rússia. “Foi muito difícil ver os jogos sem ele. Não tinha mais emoção. Não tinha mais como escolher um país para torcer como sempre fazíamos….”.

O BR-18 voltou. O paizão Felipão também voltaria logo depois. Mariana voltou a torcer como sempre. “Sozinha. Mas com meu pai no coração”.

No jogo final, ela criou coragem e foi pela primeira vez sem o Paulo. Allianz lindo e lotado. Menos ao lado esquerdo dela. Uma só cadeira vazia. No lugar onde costumava sentar o pai. “Quando percebi que não viria ninguém, chorei pela primeira vez. Sabia que aquele lugar estava reservado para meu pai e que ele estaria ali comigo. Chorei também a cada gol que o Palmeiras fez, porque queria muito comemorar com ele. Dói olhar pra cima pra abraçar num gol quem estava sempre com a gente nessa hora. Mas eu sabia que ele estava comigo”.

Depois da festa, um rapaz ofereceu para tirar uma foto que Mariana não estava conseguindo fazer. “Quando vi a foto, percebi que ela ficou com uma luz branca ao meu lado, do reflexo do Sol. Mas esse reflexo era meu pai que estava ali na foto também! Assim como está e estará sempre!”
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A foto não tem filtro. Amor incondicional de avô pra neta, de filha pra pai, de Palestra para Palmeiras, de Roma para o Allianz Parque, também não tem filtro.

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