Arquivos tag-Libertadores-00 - Nosso Palestra https://nossopalestra.com.br/assunto/tag-libertadores-00/ Palmeirenses que escrevem, analisam, gravam, opinam e noticiam o Palmeiras. Paixão e honestidade. Wed, 06 Jun 2018 13:37:43 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.5.3 Apreciem com moderação, 18 anos depois do pênalti de Marcos https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/apreciem-com-moderacao-18-anos-depois-do-penalti-de-marcos/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/apreciem-com-moderacao-18-anos-depois-do-penalti-de-marcos/#respond Wed, 06 Jun 2018 13:37:43 +0000 https://nossopalestra.com.br/2018/06/06/apreciem-com-moderacao-18-anos-depois-do-penalti-de-marcos/

Marcelinho Carioca bateu bem o quinto pênalti corintiano no canto direito de Marcos. O santo defendeu a cobrança que classificou o Palmeiras para a decisão da Libertadores-2000. Da arquibancada do Morumbi, Conrado e amigos voaram para o bar Original, no Ibirapuera, como todas as terças desde então (e ainda hoje) os colegas de GV se […]

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Marcelinho Carioca bateu bem o quinto pênalti corintiano no canto direito de Marcos. O santo defendeu a cobrança que classificou o Palmeiras para a decisão da Libertadores-2000.

Da arquibancada do Morumbi, Conrado e amigos voaram para o bar Original, no Ibirapuera, como todas as terças desde então (e ainda hoje) os colegas de GV se reuniam para apreciar com moderação. Naquela terça-feira há 18 anos, sem a menor. Palmeirenses e até são-paulinos celebrando a derrota nos pênaltis do campeão do mundo de 2000 mais uma vez para o então campeão da Libertadores em busca do bi.

Algumas horas e litros depois, alguns até pagos por tricolores para Conrado, ele teve a feliz ideia de acordar a namorada corintiana que tinha ido assistir ao Derby entre os delas. Não só tirá-da cama. Apoquentá-lá. Ela e irmã também corintiana que respondeu com vassouradas às cornetas palestrinas.

A irmã não conseguiu dormir e foi com o namorado continuar os trabalhos nos bares próximos da praça 14 Bis. Ele não cansava de zoá-la. E ela respondia na base das pancadas nos braços dele.

Calibrada, numa dessas estocadas da namorada, ao tentar fugir dela, ele foi parar no meio da rua…

Fala, Conrado:

⁃ Só vi os dois faróis chegando. O carro me pegou em cheio. Eu voei e caí no asfalto. O cara nem pra me socorrer.

Ele só ouviu a namorada gritando para ele não morrer.

⁃ Só lembro ter me levantado, recolhido meu braço esquerdo que parecia um W, e fui andando até o hospital que ficava ali perto.

Não tinha ortopedista 3 da manhã. Só 5 horas ele foi atendido. O plantonista o remendando e Conrado, ainda alto, perguntou ao médico:

⁃ Que time você torce, doutor?

⁃ Corinthians…

Respondeu mais desanimado que… que… um corintiano naquela madrugada.

Atendido pelo doutor, Conrado ainda melhorou o nível do atendimento:

⁃ Comecei a narrar o lance decisivo: “correu Marcelinho bateu… DE-FEN-DEU, MAAAAAAAAARCOS!!!

E o médico apertava ainda mais o braço do atropelado, que do alto de sua altura etílica, ainda emendava:

⁃ Chupa, doutor!!!

E a fratura em dois lugares no úmero esquerdo de Conrado era nada pelo que havia feito um caipira de Oriente no Morumbi. E tudo isso com o pulso quebrado que seria operado depois da Libertadores.

Conrado nunca mais foi o goleiro da foto. Mas não foi preciso. Tínhamos são Marcos.

Apreciem com moderação.

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É preciso ter raiva e não dó https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/e-preciso-ter-raiva-e-nao-do/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/e-preciso-ter-raiva-e-nao-do/#respond Mon, 26 Feb 2018 09:20:56 +0000 https://nossopalestra.com.br/2018/02/26/e-preciso-ter-raiva-e-nao-do/

Não é da história e da glória do maior campeão do Brasil deixar o campo quando se sente prejudicado pela arbitragem. É do Palestra que nos ensina e do Palmeiras que é nossa sina ter a sede e a sanha de ganhar na bola o que outros se perdem pela boca. Em qualquer campo e […]

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Não é da história e da glória do maior campeão do Brasil deixar o campo quando se sente prejudicado pela arbitragem. É do Palestra que nos ensina e do Palmeiras que é nossa sina ter a sede e a sanha de ganhar na bola o que outros se perdem pela boca. Em qualquer campo e sede.

O Palmeiras respondeu assim em 1986 e 1993. Em 2000, no pênalti de Marcos, Felipão conseguiu fazer por meio da mídia que o time do Palmeiras tivesse “raiva” dos rivais. Não medo. Nem pavor. Nem respeito demasiado. Também não violência e nem virulência. Apenas posicionamento. Apenas palmeirismo. Entrar duro e firme. Lealdade como padrão.

Não se quer “tapa na cara com responsabilidade” de ninguém. O que se deseja é um time que dê a cara a tapa e um tapa de craque na cara do gol. Uma equipe que não se perca em reclamação e não ache que os discutíveis erros de arbitragem são maiores que os desacertos da equipe.

É possível vencer em Itaquera porque é Palmeiras. Como encaminhou lá o enea em 2016. Como venceu no turno do BR-15. Como eliminou nos pênaltis o melhor time do SP-15. Como desde 1918, somadas as três casas do rival, o Palmeiras tem mais vitórias como visitante.

Ganhando por ser maior e melhor quem pensou pior e menor. Superando até erros de apito armado ou desarmando espíritos e apitos. E ganhando também com auxílio da arbitragem. O melhor time muitas vezes também tem as arbitragens melhores para ele.

A história do Palmeiras não é sair de campo quando achamos algo errado. É virar lá dentro o jogo quando ninguém mais acertou que o Palmeiras na história.

(Arte do DECLASSEBR)

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Amarcord: Corinthians 2 x 2 Palmeiras, 5 x 6 nos pênaltis, SP-15 https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/amarcord-corinthians-2-x-2-palmeiras-5-x-6-nos-penaltis-sp-15/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/amarcord-corinthians-2-x-2-palmeiras-5-x-6-nos-penaltis-sp-15/#respond Sat, 24 Feb 2018 11:13:56 +0000 https://nossopalestra.com.br/2018/02/24/amarcord-corinthians-2-x-2-palmeiras-5-x-6-nos-penaltis-sp-15/

O JOGO COMPLETO Os melhores momentos RelacionadasVeja quem apita partida entre Botafogo-SP e Palmeiras pela Copa do BrasilOpinião: ‘Marcos, Cássio e um futebol que não existe mais’Palmeiras aposta em defesa sólida para garantir classificação na Copa do Brasil“Sabe quem a imprensa achava que era favorito em 2000, na Libertadores? Perguntem pro São Marcos o que […]

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O JOGO COMPLETO

Os melhores momentos

“Sabe quem a imprensa achava que era favorito em 2000, na Libertadores? Perguntem pro São Marcos o que ele fez com nosso maior rival.

Um ano antes, sabem quem era o favorito pra todo mundo na Libertadores de 1999? O Marcão também lembra muito bem.

Sabe quem iria ganhar o Rio-São Paulo de 1993 com o time titular do Corinthians? Pergunte ao Edmundo, que acabou com o favoritismo deles liderando o nosso time misto.

Sabe quem a imprensa dizia que iria deixar o nosso time na fila, lá em 1993? O Evair soltou a voz naquele dia. Pergunte a ele quem foi campeão.

Em 1974 tinham 100 mil corintianos no Morumbi para ver o fim da fila de 20 anos sem títulos deles. Sabe quem ganhou mais um Paulista? O Ademir da Guia sabe. O Divino sabia tudo.

Sabe quem ganhou o primeiro clássico em 1917? Sabe quem tem mais vitórias no Derby?

Sabe quem pra sempre será lembrado por eliminar o time de melhor campanha em 2015?

São vocês! O Palmeiras! O Alviverde inteiro!!!

Toda essa história que é só nossa foram aqueles campeões que vestiram a nossa camisa que conquistaram e venceram.

São os palmeirenses como vocês. Eles que fizeram história. Os que venceram o maior rival. Ou melhor: os que ganharam dos favoritos. Os rivais que eram mais badalados e bajulados.

O Palmeiras é grande, já falou na estreia o nosso Zé Roberto. E o Verdão é enorme porque monstros como vocês fizeram o Palmeiras do tamanho da nossa paixão.

Vocês são campeões porque vocês são Palmeiras. E vocês vão ser ainda mais Palmeiras porque vocês serão campeões hoje e nas finais.

Muitos de vocês chegaram agora ao clube. Aqui no Palmeiras todos foram recebidos de braços e coração aberto. Parece até que vocês nasceram aqui. Porque vocês merecem esse carinho. Vocês têm mostrado pra todos que vocês dariam até a vida pelo nosso time.

Todas essas conquistas que eu contei são históricas. A de hoje será heróica!!!

Vocês são os caras do Palmeiras! Vocês são a alma do Verdão!

Vão pra campo agora! É só voltem para cá como vocês são! Campeões!!!

Só voltem a este vestiário ainda maiores do que vocês já são!!!

Quando vocês chegarem de volta saibam que não apenas conquistaram um lugar na final do campeonato! Vocês todos ganharam um lugar na história centenária do Palmeiras!

Vamos lá dentro ser Palmeiras!

Vamos Palmeiras! ”

Esse foi o texto que escrevi a pedido do Palmeiras para ser lido pelo ator Eduardo Semerjian, em vídeo apresentado ao elenco antes de Corinthians 2 x 2 Palmeiras, semifinal única do SP-15, em Itaquera. O rival era favorito pela melhor campanha no Paulista. A gente reconstruía o elenco e moral de anos pouco palmeirenses.

Eu não pude comentar o jogo pela Jovem Pan. Estava gripado e sem voz. Fiquei em casa para ver o Derby com meu primo, filhos, mulher e filhota. Como eu não via um clássico com eles sem estar trabalhando desde… Desde… Não lembro.

O texto que escrevi no meu blog no LANCE!, naquele 19 de abril de 2015 está abaixo:

“É só uma semifinal de Paulista?!”. Você não sabe o que é futebol, amigo.

“Tanta festa só pra isso?!”. Você lembra a folia que o corintiano fez quando acabou com o jejum de 10 anos sem vitórias contra o Santos de Pelé, em 1968 (e era um tabu só pelo estadual)?

“Parece que conquistaram o mundo!”. E o mundo sabe o que o corintiano fez na invasão do Maracanã, em 1976. Quando a maior vitória não era nem vencer o campeonato que seria perdido para o Internacional – como também foi o Paulista de 1968. A grande vitória, amigo, era ter estado lá, no Rio, dividindo o estádio com o Fluminense.

Como foi épico para os palmeirenses que foram a Itaquera ver o melhor time do SP-15 cair nos pênaltis mais uma vez para o rival. O Timão que será terceiro lugar invicto no Paulistão. O Corinthians que segue sem perder na Arena. Segue como grande favorito na Libertadores. Mas não segue mais no SP-15.

Acontece, como ocorreu também nos pênaltis, no Pacaembu, no SP-11. O Palmeiras tinha melhor campanha e foi eliminado pelo Corinthians que acabaria vice paulista para o Neymar do Santos. Mas, no final daquele 2012, seria penta brasileiro. Iria para a Libertadores ser invicto campeão, e fecharia o ano em que “acabaria o mundo” reconquistando o planeta salvo.

Foi então tudo aquilo o Timão de Tite (e depois de perder para a Ponte o SP-12, nas quartas-de-final…). Pode ir além agora o Corinthians-15 que sofreu o primeiro gol do Verdão do reserva Victor Ramos, buscou a virada com o reserva de moral e decisão Danilo, e virou com o Romarinho-2015 Mendoza, em petardo de longe, no mesmo canto onde Prass não defendeu aquela bola. Mas defenderia outra ainda mais decisiva.

Feliz o corintiano que pode ter reservas como Danilo e Mendoza. Nem tanto Love. É fato que o  ex-palmeirense poderia ter feito o terceiro de cabeça, não fosse Prass, já no segundo tempo. Do mesmo modo como Oswaldo foi feliz ao, na dúvida, e nas dívidas de um elenco ainda em formação, e com os melhores do time longe de estarem 100% (Valdivia e Cleiton Xavier), atirar o time dele ao ataque.

O Palmeiras só não empatou um pouco antes em belo lance de Rafael Marques para Dudu por Cássio ser grande. E grande goleiro, também, ao desviar a bola que bateu na trave.

Felicíssimo Tite que pode, no Derby difícil pelo crescimento palmeirense, escalar Renato Augusto e depois Elias na maratona insana. Equilibrado um jogo que foi mais verde depois pelo time que era só gente de frente. Gente grande como foi Dudu para jogar na cabeça de Rafael Marques o empate.

Placar justo pelos 90 minutos de qualidade, equilíbrio, intensidade e nervosismo.

Talvez injusto pela campanha corintiana no campeonato. Mas certamente bonito pelo que o Palmeiras está fazendo. E se refazendo.

Palmeirenses fazendo merecido barulho pelas ruas antes desertas de tudo. Não de coração. Mas de gente de dentro e de fora que insistia em enterrar o clube numa vala incomum para o colosso que é. Querendo sepultar 100 anos como indigente. Por mais indignos que tenham sido alguns dirigentes e gerentes de uma massa que não é falida, embora falha. Os indigitados que tentaram executar execrando as exéquias palmeirenses muitas vezes foram apenas paus mandados de fígados e cotovelos doloridos. Ignaros concursados ou ignóbeis ignorantes terceirizados que vivem de matar a nossa paixão.

Essa turma que chamava o Santos de viúva de Pelé. O Palmeiras de ex-grande. Mesmo o Corinthians, quando rebaixado técnica e moralmente por escândalos políticos e administrativos de um 1-0-0 número de maracutaias e joorabchianadas de 1997 até o ocaso de Dualib e a queda para a Segundona dos infernos, em 2007. Esses coveiros de plantão de fim de semana de redação e de plantação de futricas fedidas que infestam a nossa mídia abaixo da média.

“Acabaram” com o Palmeiras como “acabaram” com o Corinthians e, agora, provavelmente, vão “acabar” com o São Paulo.

Não adianta pedir à essa turma que estude minimamente a história de idas e vitórias, derrotas e vindas de nossa vida.

Eles não vão entender.

E, por isso, vão achar que não valeu “nada” a invasão corintiana em 1976. Nem a virada corintiana por 4 a 3 contra o Palmeiras, em 1971. Nem o fim do “tabu” que não era tabu em 1968.

Perdoai-os, Rivellino. Eles não sabem nada.

Talvez eles não perdoem Elias, o melhor corintiano em 2015, que chutou o pênalti que definiria a classificação para a decisão nas mãos de Prass. Repetindo a sina de um camisa sete alvinegro batendo o último pênalti decisivo contra um goleiro palmeirense.

Os mesmos infiéis de todas as cores e credos que talvez detonassem Robinho, o melhor palmeirense em 2015, por isolar o primeiro pênalti cobrado e perdido como a bola em Itaquera.

Mas tudo ficou mesmo empatado no último chute de Elias. Equilíbrio no tempo normal de um grande Derby e também na primeira série de pênaltis.

Kelvin (o atacante que mal atuara, e foi bem improvisado na lateral-esquerda que não tinha as quatro opções do elenco), subiu a temperatura e fez o dele. Gil empatou 5 a 5. Jackson, outro reserva palmeirense, fez 6 a 5.

Petros, que foi um cara de tirar o chapéu em 2014, até no gol do primeiro Derby na Arena Corinthians, bateu bem, forte, no canto esquerdo de Prass.

Mas, daí, e logo depois, o que se viu depois da excepcional defesa foram os dedos erguidos para cima de Marcos Prass. Fernando Prass. O cara que defendeu e ajoelhou e confirmou a profecia-palpite de Evair, antes do jogo:

– Vai dar Palmeiras. Nos pênaltis.

Foi o torpedo que o nosso amigo em comum Álvaro mandou antes do jogo.

Quando o árbitro (que foi bem) encerrou o clássico, eu então torpedeei Marcos e Evair:

– Agora é com vocês. Foi assim em 2000, 1999, 1994, 1993.

E tinha de ser em 2015. Como foi.

Gripado, eu não estava nem no Fox Sports e nem trabalhando pela Jovem Pan. Onde havia palpitado que a decisão seria nos pênaltis. Mas seria corintiana…

Estava com meus filhos, minha mulher, minha filhota, e meu primo Calabar, com as duas palmeirenses de Piracicaba dele.

Eu só lembro de ter comentado com ele antes do dérbi:

– Hoje o dia está nublado…

Como no SP-74. Como no SP-93.

Ele apenas sorriu.

E não lembramos a última decisão que vimos juntos do Palmeiras.

De fato, ele lembrou. Mas não falou.

Eu também sabia. Mas não queria falar antes dos pênaltis. Quando eu não conseguia falar pela tosse e rouquidão. Ou pelo pavor mesmo que consome qualquer um que não esteja comentando pelo rádio ou pela TV.

Claro que eu sabia qual a última decisão que tinha visto com meu primo. Foi em 1986. Com mais 40 amigos.

No dia que seria maldito por 12 anos: 3 de setembro. De 1986.

Derrota para a Inter de Limeira, no Morumbi.

Aquela.

Mas os nossos dias são como os jogos de um time grande. Tem vez, muitas vezes pro meu gosto, que ele até parece pequeno. Mas ele é grande. Ele é a nossa vida. Ele vira o jogo. E a história.

Doze anos depois de 3 de setembro de 1986, em 3 de setembro de 1998, nasceu o meu Luca, meu filho mais velho, irmão do caçula Gabriel.

Dezesseis anos depois de 3 de setembro de 1986, em 3 de setembro de 2002, nasceu a Luna, a filha mais velha do meu primo Calabar, irmã da Isabel, e meia-irmão do Theo.

Por isso que, em 19 de abril de 2015, Dia do Índio, em Itaquera (“pedra-dura” em Tupi-Guarani – que não é o de Campinas e nem o “da capital”…), eu, meu primo, e milhões que sabem que 1974, 1993 e tudo que se faz desde 1914 é eterno, todos nós pudemos mais uma vez sentir que, como diz um cara que deve estar ainda mais insuportável lá em cima, é “simplesmente impossível a quem não é palmeirense”.

E faltou dizer então:

Prass defendeu o chute de Petros.

O que lembro é de sair pela casa e pular na piscina. Sem voz e com gripe na tarde fria de São Paulo. O que jamais vou esquecer é que todo mundo pulou junto.

Frio? Gripe?

Você não sabe o que é um Palmeiras x Corinthians.

CORINTHIANS 2 x 2 PALMEIRAS

SEMIFINAL SP-15.

Arena Corinthians

19 de abril de 2015, domingo, 16h

Árbitro: Thiago Duarte Peixoto

Assistentes: Emerson Augusto de Carvalho e Alex Ang Ribeiro

Público: 39.055 torcedores (38.457 pagantes)

Renda: R$ 3.194.302,50

Cartões amarelos: Fagner e Felipe; Lucas e Arouca.

GOLS: Victor Ramos, aos 15 minutos, Danilo, aos 33, e Mendoza, aos 44 do 1º tempo;

Rafael Marques, aos 29 do 2º tempo

PÊNALTIS:

CORINTHIANS: Fábio Santos, Renato Augusto, Fagner, Ralf e Gil; Elias e Petros perderam

PALMEIRAS: Rafael Marques, Victor Ramos, Cleiton Xavier, Dudu, Kelvin e Jackson; Robinho perdeu

CORINTHIANS: Cássio; Fagner, Felipe, Gil e Fábio Santos; Ralf e Bruno Henrique (Petros); Jadson (Renato Augusto), Danilo e Mendoza; Vagner Love (Elias). Técnico: Tite

PALMEIRAS : Fernando Prass; Lucas (Cleiton Xavier), Victor Ramos, Jackson e Wellington (Kelvin); Gabriel e Arouca; Robinho, Valdivia e Dudu; Rafael Marques. Técnico: Oswaldo de Oliveira

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+9 dos 1000 clássicos do Palmeiras: 3 x 2 Corinthians, Libertadores-00 https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/9-dos-1000-classicos-do-palmeiras-3-x-2-corinthians-libertadores-00/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/9-dos-1000-classicos-do-palmeiras-3-x-2-corinthians-libertadores-00/#respond Fri, 29 Sep 2017 11:29:30 +0000 https://nossopalestra.com.br/2017/09/29/9-dos-1000-classicos-do-palmeiras-3-x-2-corinthians-libertadores-00/

https://www.youtube.com/watch?v=vqTi2cntRS8 São 367 vitórias, 295 empates e 337 derrotas em clássicos paulistas, desde 1915. RelacionadasPalmeiras vence Cuiabá e quebra jejum de vitórias no BrasileirãoVeja quem apita partida entre Botafogo-SP e Palmeiras pela Copa do BrasilPalmeiras tem três atletas convocadas para a Seleção BrasileiraO Nosso Palestra elenca 9 + para lembrar sempre: Data: 06/06/2000 Local: Morumbi Juiz: Edilson […]

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https://www.youtube.com/watch?v=vqTi2cntRS8

São 367 vitórias, 295 empates e 337 derrotas em clássicos paulistas, desde 1915.

Nosso Palestra elenca 9 + para lembrar sempre:

Data: 06/06/2000

Local: Morumbi

Juiz: Edilson Pereira de Carvalho

Gols: Euller (34’), Luizão (39’ e 52’), Alex (59’) e Galeano (71’)

Decisão nos pênaltis: Palmeiras 5 x 4 Corinthians

Gols do Palmeiras: Marcelo Ramos, Roque Júnior, Alex, Asprilla e Júnior

Gols do Corinthians: Ricardinho, Fábio Luciano, Edu e Índio (Marcelinho Carioca chutou e Marcos defendeu)

PALMEIRAS: Marcos; Rogério, Argel, Roque Júnior e Júnior; César Sampaio (Tiago Silva) e Galeano; Alex; Marcelo Ramos, Pena (Luís Cláudio) e Euller (Asprilla)

Técnico: Luiz Felipe Scolari

CORINTHIANS: Dida; Daniel (Índio), Fábio Luciano, Adilson e Kléber; Vampeta e Edu; Marcelinho Carioca e Ricardinho; Edilson e Luizão (Dinei)

Técnico: Oswaldo de Oliveira

Terça-feira, 6 de junho. No tempo regulamentar, Palmeiras 3 a 2. Como o jogo de ida da semifinal tinha sido 4 a 3 para o Corinthians, a decisão foi para os pênaltis. Os mesmos que levaram o Verdão além e ao infinito um ano antes, na conquista da América, canonizando São Marcos. Os mesmos pênaltis que naquela noite de 2000, no mesmo Morumbi, levariam o anjo guardião palmeirense a um lugar sem igual no clube. Mais uma vez tirando o rival da Libertadores.

Aos 34 minutos, logo depois de a torcida cantar o hino, Júnior (o melhor palmeirense nas duas partidas) avançou pela lateral esquerda e cruzou para Euller bater cruzado e vencer Dida. 1 a 0.

Cinco minutos depois, Luizão empatou de cabeça. Aos 6 da segunda etapa, ele, de novo, em jogada de Edilson. Virada corintiana. Felipão inverteu os atacantes. Marcelo Ramos foi para a direita, Pena virou centroavante e Euller atacou pela ponta esquerda. Aos 14, ele foi ao fundo e deu o empate para Alex finalizar com categoria. Dez minutos depois, o meia palmeirense jogou a bola na segunda trave. De cabeça e coração, o volante Galeano virou a virada. 3 a 2.

Pênaltis. Os mesmos que eliminaram os corintianos em 1999. As duas equipes sabiam como os adversários efetuavam as cobranças em 2000. Estavam muito estudados os batedores. Marcos pensou: “Eles sabem que eu sei onde eles chutaram os outros pênaltis. Eu vou enganá-los. Eu vou no outro canto!”.

Marcos errou os lados onde bateram Ricardinho, Fábio Luciano e Edu. Todos mantiveram os cantos preferenciais… Só acertou onde bateu Índio. A bola foi no ângulo. Nem São Marcos para defender.

O Palmeiras acertou os cinco pênaltis: Marcelo Ramos, Roque Júnior, Alex, Asprilla e Júnior (que mandou no meio do gol de Dida). Na última cobrança alvinegra, o craque e melhor batedor do time de Oswaldo de Oliveira – Marcelinho Carioca, o mais polêmico da equipe.

Talvez só na Copa Rio de 1951 o Palmeiras tenha tido  tamanha torcida a favor. Ou contrária ao Corinthians.

Marcelinho Carioca bateu forte na bola. Ela veio violenta no canto baixo direito de Marcos. O santo palmeirense, com a antevisão de craque, sentiu, viu e saiu antes. Com a mão direita, espalmou a bomba. Com os braços erguidos, saiu para a mesma bandeirinha de escanteio onde Evair celebrara o pênalti dos 4 a 0 contra o Corinthians, em 1993.

Naquele corredor próximo à meta de fundo do Morumbi, Evair e Marcos fizeram dois dos maiores momentos centenários do Palmeiras. O time acabou vice-campeão da Libertadores 2000. Mas cumpriu o dever ritualístico histórico: tirar o rival da disputa.

(Tem outros 8 clássicos. Tem mais 9 posts chegando)

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9 + Gols Mais Inusitados do Palmeiras https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/9-gols-mais-inusitados-do-palmeiras/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/9-gols-mais-inusitados-do-palmeiras/#respond Mon, 25 Sep 2017 10:39:40 +0000 https://nossopalestra.com.br/2017/09/25/9-gols-mais-inusitados-do-palmeiras/

Betinho. Final da Copa do Brasil 2015. Coritiba 1 x 1 Palmeiras RelacionadasVeja quem apita partida entre Botafogo-SP e Palmeiras pela Copa do BrasilBruno Rodrigues e Dudu seguem fora no Palmeiras; Aníbal volta na Copa do BrasilPalmeiras aposta em defesa sólida para garantir classificação na Copa do BrasilBetinho chegou em 2012 horas antes de fechar a janela de […]

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Betinho. Final da Copa do Brasil 2015. Coritiba 1 x 1 Palmeiras

Betinho chegou em 2012 horas antes de fechar a janela de contratações. Felipão havia pedido um centroavante para compor elenco. Conseguiram um que estava encostado no São Caetano. Ele só jogou a decisão da Copa do Brasil porque Barcos havia operado o apêndice uma semana antes. O Coritiba vencia no Paraná por 1 a 0, gol aos 16 do segundo tempo. Precisava de mais um para os pênaltis quando Marcos Assunção levantou falta na área e Betinho desviou de cabeça, aos 20. Alguns narradores demoraram a achar o autor do gol do título porque, como a torcida, não acreditavam. Gol de Betinho. Gol do bicampeonato da Copa do Brasil. O limitado atacante seria talismã também no tricampeonato do torneio, em 2015. Centenas de máscaras com o rosto dele foram vendidas no Allianz Parque e estiveram na festa da conquista pelo Brasil. O famoso “Betinho da Sorte” jogou tanto quanto Fernando Prass e Dudu contra o Santos de Lucas Lima.

Betinho. Copa do Brasil-12. Veja

Fabiano. Jogo do título do BR-16. Palmeiras 1 x 1 Chapecoense.

Fabiano havia sido trocado no início do BR-16 com o Cruzeiro , por Lucas, titular na campanha de 2015. Fabiano era reserva de Jean na lateral-direita. Não transmitia confiança. Teve de ir para o jogo que poderia valer o título antecipado depois de 22 anos. Faltava uma rodada. Era contra a Chapecoense, ex-clube de Fabiano. A Lei do Ex foi decretada de modo imperial. Bola cruzada na área, um toque de categoria mais inusitado do que o autor, e o gol que acabaria sendo o do título para o maior público do estádio desde 1902! Novamente incredulidade da torcida e dos narradores. Fabiano ainda repetiria a dose em virada cardíaca contra o Peñarol, na Libertadores-17, na última bola do jogo.

Fabiano. BR-16. Veja

Galeano. Semifinal da Libertadores-00. Palmeiras 3 x 2 Corinthians

O rival era bicampeão brasileiro. Havia conquistado o torneio da Fifa em janeiro, contra o Vasco. Queria a Libertadores que não tinha. Vinha com mais time que o então campeão continental Palmeiras. Tinha vencido na última bola o primeiro jogo por 4 a 3. A imprensa jogava duro com Felipão e o elenco que entrou mordido. O Corinthians virara o placar para 2 a 1. Alex empatou. Ainda faltava um gol para os pênaltis. Alex bateu falta no segundo pau, o zagueiro Adilson bobeou, e Galeano fez de cabeça na saída de Dida. Ele estreou no Palmeiras aos 17 anos, em 1989. É o 11º jogador que mais atuou pelo clube. E o mais criticado entre muitos pelas limitações superadas pela entrega em campo como volante e zagueiro. Gol que levaria a decisão da vaga para os pênaltis. Quando Marcelinho Carioca bateu e São Marcos… Eles sabem o que aconteceu naquela noite de outono no Morumbi.

Galeano. Libertadores-00. Veja

Jorge Preá. Primeira fase do SP-08. Palmeiras 1 x 0 Portuguesa.

Jorge Preá fazia parte da cota Luxemburgo de reforços exóticos da ótima equipe montada em 2008 para terminar com o jejum de títulos estaduais desde a melhor campanha do profissionalismo – em 1996. Não tinha chance no ataque formado por Alex Mineiro e Kléber Gladiador. Mas, no desespero do final do clássico com a Lusa, no Palestra, ele foi para o jogo. E para a área. Depois de bate-rebate monstro, Preá fez o gol dele pelo Palmeiras. Um gol chorado e cantado antes de acontecer. O Palestra inteiro gritou “vamos ganhar, Porco!” antes de a falta ser cobrada no lance que daria no gol da vitória. Não se esperava que Preá fosse o autor. Mas poucas vezes se viu num jogo complicado tanta gente com esperança/confiança daquele gol. Não era um grito de “vai dar”. Era uma sensação de “já foi”. Difícil explicar. (E quem disse que o Palmeiras e um texto sobre gols inusitados é para ter explicação?)

Jorge Preá. SP-08. Veja

Andrei Girotto. Quartas-de-final Copa do Brasil-15. Palmeiras 3 x 2 Internacional.

Ele foi um dos 35 contratados para remontar o elenco pavoroso de 2014. Não funcionou. Foi reserva como volante. Foi embora no ano seguinte. Mas deixou na história o gol da classificação contra o Inter. Cruzamento de Allione e belíssima cabeçada em um dos mais celebrados gols do Allianz Parque, em uma das mais emocionantes partidas do Verdão. Quando tivemos mais uma vez a confirmação de que o Palmeiras nos faz mais vivos. Mas ainda morremos disso, na palavra do nosso Victor Galvão.

Andrei Girotto. Copa do Brasil-15. Veja

Egídio. Segundo turno do BR-17. Fluminense 0 x 1 Palmeiras.

Primeiro lugar na Escala Wesley de Vaias e Xingamentos no Allianz Parque em 2017, antes mesmo de perder o pênalti na eliminação na Libertadores-17 diante do Barcelona, um mês e meio antes do golaço que marcou no Maracanã, numa pancada de fora da área. Egídio já tinha atuado bem na partida anterior, contra o Coritiba. E foi o nome em mais uma vitória no Rio. Com um gol do tamanho do Maracanã. A hashtag #nuncacritiquei ganhou as redes sociais e mentes palmeirenses minutos depois.

Egídio. BR-17. Veja

Charles. Libertadores-13. Palmeiras 1 x 0 Libertad.

Um dos mais lindos estádios de espírito no Porcoembu. Torcida jogou e cantou junta com o limitadíssimo time desde o início até o gol em que Wesley errou o chute e a bola ficou entre as pernas do esforçado volante Charles até ele bater com o pé ruim pra fazer 1 a 0. Uma das mais tocantes partidas da torcida do Palmeiras, muito mais do que a atuação da modesta equipe. O time não era bom. Mas o grito do torcedor o jogo todo é mais um daqueles momentos inexplicáveis. E maravilhosos. Um dos melhores jogos “inúteis” e que sabíamos que não levaria a lugar algum de nossa história.

Charles. Libertadores-13. Veja

Amaral. Quartas de final da Libertadores-95. Palmeiras 5 x 1 Grêmio.

Amaral era titular da Seleção no segundo semestre de 1995. Excelente ladrão de bola. Figura maravilhosa. Mas não sabia chutar. Fazer gol. Em três anos de Palmeiras, e de Vias Lácteas montadas pela Parmalat, só ele não marcava gol. Até o jogo espetacular contra o Grêmio. Na ida, no Olímpico, derrota de 5 a 0 para o time de Felipão. Na volta, disputada entre as finais do SP-95 contra o Corinthians, o Palmeiras levou um gol de Jardel logo de cara. Precisava de um 6 a 1 para levar aos pênaltis (não havia gol qualificado como critério de desempate). O Verdão fez 5 a 1. Fora o show. E até Amaral fez o dele. Não deu classificação. Mas deu muito orgulho do poder de reação do time.

Amaral. Libertadores-95. Veja

Baiano. Quadrangular final da Série B de 2003. Palmeiras 2 x 0 Marília.

Alessandro era o ala-direito de Jair Picerni e foi negociado com o futebol russo. O Palmeiras trouxe Baiano, volante e lateral revelado pelo Santos. Ele assumiu a titularidade da equipe e começou a jogar melhor do que o imaginado. E marcou o mais belo gol dele pelo Palmeiras em um sábado à noite, numa das tantas lindas festas feitas pela torcida que colocou o time no colo na Segundona dos infernos, em 2003. Na mesma noite, o ala-esquerdo Lúcio também fez um golaço de Roberto Carlos. Mas dele havia como esperar aquele golaço. De Baiano, não.

Baiano. Série B 2003. Veja

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107 anos do nosso rival há 100 https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/107-anos-do-nosso-rival-ha-100/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/107-anos-do-nosso-rival-ha-100/#respond Fri, 01 Sep 2017 07:11:53 +0000 https://nossopalestra.com.br/2017/09/01/107-anos-do-nosso-rival-ha-100/

Para ganhar no futebol é necessário que alguém perca. É assim. Não basta apenas amar os nossos. Temos de não gostar dos outros. Até porque, algumas vezes, são eles que nos dão alegrias quando não conseguimos produzir os nossos próprios momentos de glória. RelacionadasBruno Rodrigues e Dudu seguem fora no Palmeiras; Aníbal volta na Copa do BrasilVeja quem […]

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Para ganhar no futebol é necessário que alguém perca. É assim. Não basta apenas amar os nossos. Temos de não gostar dos outros. Até porque, algumas vezes, são eles que nos dão alegrias quando não conseguimos produzir os nossos próprios momentos de glória.

Saudar os 107 anos do maior rival há 100 é dever esportivo e prazer histórico. Temos 1974 razões para enfileirar emoções. 1993 motivos repetidos 1993 vezes. Bisados 1994. 1999, 2000 lembranças. 2015 orgulhos. Para não falar de 1986, 1951. Oito em 1933 ou 800 reclamações alheias.

Nossa alegria é ainda maior por tudo de maravilhoso que nos aconteceu contra “eles”. E todos sabemos quem são “eles” e quem somos “nós”. Os que deixamos os rivais mais um ano na fila, em 1974. Os que nos deixaram sair da fila, em 1993. Eles só poderão devolver o gol de Ronaldo se nos deixarem 21 anos na fila. Eles só poderão devolver os gols de Evair se saírem de 16 anos de fila contra a gente.

Além disso, e nem precisaria citar os marcos penais de nosso São Marcos, não são muitas as vitórias decisivas deles. Grandes e brilhantes corintianos têm jogos menores como os Dérbis deles. Celso Unzelte cita um 3 a 0 em 1978, que nem para a final estadual levaria. Juca Kfouri lembra a virada por 4 a 3 de 1971. E nem vice eles seriam.

Em São Paulo, verdes e negros só têm uma cor em comum. A branca. A da paz. A da bandeira que deve ser erguida sempre por treinadores, atletas, jornalistas e torcedores de bom coração. De enorme emoção para aguentar o clássico que desde 1917 para a cidade. Dérbi para corintianos e palmeirenses não se entenderem nem no número. Cada clube faz uma conta diferente para a estatística. Como o torcedor conta cada clássico do jeito que viu. Se é que viu. Se é que consegue contar o que estas linhas também não saberão.

Palmeiras e Corinthians são um só corpo dividido em duas almas. São pólos diferentes que se atraem por química, são corpos diferentes que ocupam o mesmo espaço na física. São gente desta terra e da terra nostra que se distinguem na história. São paulistanos da Zona Oeste e da Zona Leste que se distanciam pela geografia. São tão diferentes que acabam sendo iguais.

Eles não se odeiam. Respeitam-se. Como duelistas. Todo jogo vai ser dia de vitória. Ou melhor: de derrota. Do outro. O importante não é vencer. O que vale é o outro perder.

Um não vive sem o outro. Um morre se o outro vive. Mas ninguém precisa morrer no duelo onde quem é realmente vivo o vive intensamente. A rivalidade exige o adversário em pé, ainda que derrubado. A graça do clássico é a celebração dupla, da própria vitória, da derrota alheia. Sei que é menor, é mesquinho, é egoísta não se satisfazer apenas com o próprio sucesso, e torcer pelo fracasso alheio. Mas esse é o homem. Ser tão imperfeito e emocionante como um jogo de futebol que premia fracos, que derrota justos, que iguala desiguais. Sobretudo num clássico.

Corinthians e Palmeiras cresceram juntos, tiveram muitos filhos, e seguem prósperos, apesar de alguns filhos pródigos, impróprios ou infelizes. Seguem fazendo lindo esse casamento jamais consumado. Sempre negado. Mas que a bola sabe que esses dois viverão juntos para sempre. Porque esses amores não morrem. Nem podem matar.

É só o que queremos. Um clássico numa tarde de sol. Uma vitória para contar aos filhos, que contarão aos netos aquilo que realmente conta: um jogo que vale por uma vida, e não uma vida colocada em jogo por uma cor.

Parabéns, Corinthians. Nossa vida não seria tão feliz sem um rival como vocês. Da nossa família para o seu bando, muito obrigado pela parceria

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