Quando Leila Pereira vem a público para postar um meme que zomba com o torcedor, ela se isola na posição de confronto com o palmeirense. Neste domingo (23), ela ficou ainda mais presa nesta trincheira, já que Abel fez suas malinhas e está de mudança pro lado da torcida, que topa abraçar sua causa.
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O treinador cansou de ser testa de ferro para a incontestável fragilidade do Palmeiras no mercado de transferências e na construção de elenco. Depois de proteger por meses as atrocidades cometidas e absorver enorme parte da culpa, o Portuga parece ter enjoado e foi literal ao dizer que elenco é “CURTO, MUITO CURTO”. Raivoso, pedindo união e batendo na direção, ele volta a ter um suspiro.
O Palmeiras de hoje deve muito futebol, rendeu pouco, passou na bacia das almas, mas tá lá, como o bom e velho bicho-papão pronto para vencer against the odds. E concordo brutalmente quando ele diz que “somos fortes quando unidos, temidos, e frágeis se caminhamos por lados opostos”. Faz todo sentido, este clube vai melhor quando o mundo é o único inimigo – encarado por nós, como uma grande unidade.
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Leila e Barros têm de mexer o bumbum para dar cartas a Abel, inclusive a do Tigrinho, filho da pura necessidade de um camisa 9. Não seria o bastante, esse grupo carece de volume e qualidade, já que tem cada vez menos de onde tirar, e nosso treinador, novamente, manifestou seu desejo de não apostar toda responsabilidade na base, por achar injusto o peso que eles precisam carregar.
Acredito no que diz o comandante, mas só quando ele tira a capa de sommelier dos bons costumes e da indiferença. Quando dá pra ver e sentir sua vontade em fazer mais, quando é pública a sua plena cobrança por melhoria, quando admite estar devendo e quando convoca uma força a mais em busca de vitória. Eu não me importo se ele fica ou sai, se Leila fala ou some, eu só tô nessa porque o sucesso do Palmeiras é minha maior alegria.
