Um possível fim do atacante Rony no Palmeiras vai sendo construído de maneira melancólica. O jejum de mais de quatro meses sem balançar a rede retrata bem a situação de um jogador que despertou ira nos torcedores. Depois de recusar as propostas salariais do Fluminense, na última quarta-feira (8), mesmo com o aceno positivo da diretoria, sua situação ficou insustentável.
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O Palmeiras não será resistente nas negociações e enxerga que Rony já deu o retorno esperado com gols e títulos desde a contratação, em 2020. No entanto, sem o jogador entrar em acordo com os demais clubes a situação se encaminha para um impasse antes do início da temporada 2025: o clube não enxerga o camisa 10 nos planos, mas tampouco o jogador se vê fora do Verdão.
Caro para os padrões do futebol nacional, nenhum clube consegue chegar no que o atacante recebe em São Paulo e não parece haver flexibilidade por parte do atleta. Em outras palavras, Rony sabe que no Verdão terá a garantia de receber acima do mercado e não abre mão disso e, de certa forma, não está errado. Errado é a postura de contratos longos adotado pelo clube que, ao invés de blindar o assédio do mercado nos atletas, também se torna refém de vínculos caros.
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Rony tem contrato válido até o fim de 2026, tendo a última renovação em dezembro de 2022, há pouco mais de dois anos, quando também recebeu aumento salarial – ou seja, renovado por mais quatro temporadas. E isso não valeu somente ao camisa 10: Marcelo Lomba, Mayke e Marcos Rocha possuem vínculos somente até o final de 2025. Os demais são respaldados por vínculos longos, que podem apresentar uma faceta positiva, como segurar o atleta em caso de assédio, ou negativa, como o atual episódio se configura.
Anunciado em 2020 pelo Palmeiras negociado junto ao Athletico-PR, o atacante custou 6 milhões de euros, cerca de R$ 28 milhões na cotação da época. O clube tem 50% dos direitos econômicos do jogador e contrato até o fim de 2026. Multicampeão desde então, a situação se encaminha para algo insustentável e triste. É sempre negativo ver um atleta tão grande na história da Sociedade Esportiva sair pelas portas do fundo – neste caso, por culpa do atleta.
Até o momento, Rony mantém sua rotina na Academia de Futebol e treinou na tarde desta quinta-feira (9), em rodízio de treinamentos promovidos pela comissão técnica de Abel Ferreira, que conta com 33 atletas à disposição neste momento. Ele se reapresentou no início da semana e participa da pré-temporada alviverde com o restante do grupo enquanto o futuro não é sacramentado.