
Você já sabia: independente de como fosse, uma vitória do Palmeiras no Morumbis seria abordada com vários caminhos, menos o do futebol. Se houve erro de arbitragem, o problema não é de Abel e seus comandados, que fizeram 3 gols em vinte minutos e conquistaram pontos enormes.
O primeiro tempo? Desastre. O São Paulo entrou mais ligado, achou espaços, marcou com muita intensidade e forçou um jogo físico, mesmo caminho escolhido pelo River Plate – mas nenhum time é capaz de sustentar este modelo por muito tempo, e os argentinos foram prova disso.
Na segunda etapa, Abel e comissão fazem mexidas muito diferentes e corajosas, jogando sem lateral direito e com um meio campo mais rápido, propositivo e com capacidade de acelerar a troca de passes. Com 15 segundos, Maurício quase fez o primeiro, e o amasso seguiu.
Quando Vitor Roque abre a contagem em uma jogada linda, de toques de primeira e 50 metros percorridos em pouquíssimos passes, o São Paulo sentiu, a torcida sentiu e Crespou optou por Rodriguinho, que entrou mal. Era questão de tempo, o empate.
O jovem meia do São Paulo perdeu a posse, Maurício acelerou até Flaco López e o argentino foi impecável num chute difícil que só poderia ser gol se a bola fosse onde foi, na bochecha da rede. Quem vive deste esporte, não teve muitas dúvidas que a virada era uma obviedade, e de fato foi.
Sosa completou o cruzamento perfeito de Aníbal Moreno para concretizar uma remontada que é, sim, história e fortíssima, de um time sólido e que adora jornadas assim. O Flamengo deixou 3 pontos na Bahia, o Cruzeiro deixou outros dois em Belo Horizonte, e o Brasileirão tem um novo líder.
Chegamos.