O Palmeiras tem cerca de 30% de seu plantel profissional composto por jogadores das categorias de base do clube e pode alcançar o feito inédito de um tricampeonato consecutivo da Copa São Paulo de Futebol Júnior. A boa fase, no entanto, está longe de ser mera coincidência.
Na última década, o Verdão passou por grande reestruturação nas categorias de base. Com pouco investimento no setor no início do século, o time passou a ser referência desde a chegada de João Paulo Sampaio, em 2015. Em 2023, o clube alcançou a marca de 200 títulos nas categorias juvenis – antes de 2018 o número era abaixo de 100.
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O NOSSO PALESTRA conversou com o ex-atacante Thiago Gentil, que atuou no clube entre 1997 e 2004, período de ‘vacas magras’ da base, visando entender a mudança da postura do clube com relação as categorias de base e o sucesso dos jovens na equipe de Abel Ferreira. Para o ex-jogador, revelado na Academia de Futebol em um período de menos investimento, o processo é fruto da profissionalização da área.
– Profissionalizou todas as categorias. Na minha época de base surgiram jogadores bons também. Na minha geração teve grandes jogadores que atuaram no futebol europeu. Mas a questão de estrutura (mudou). A valorização da base, olhar com profissionalismo. A gente fica feliz de ver o Palmeiras evoluindo nesse nível que está e agora que torce fica comemorando título – destacou o jogador.
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O veterano, que também atuou no futebol sul-coreano, grego e espanhol, aproveitou para dar conselhos a Endrick, atacante de 17 anos, e já negociado com o Real Madrid. Thiago, que passou oito anos longe do Brasil, ponderou as dificuldades do futebol internacional e elogiou o talento demostrado pelo jovem atleta palestrino.
– Quero desejar boa sorte para o Endrick. Dizer que não é fácil, eu fiquei oito anos fora, vai encontrar dificuldades, mas ele tem talento, tem o dom, que ele trabalhe e faça o melhor. Ele é um atleta diferente e vai conquistar grandes coisas – acrescentou.
Thiago foi revelado pelo Palmeiras em 1997, aos 17 anos, e fez parte do elenco que conquistou a Copa do Brasil e a Copa Mercosul em 1998 e a Copa Libertadores em 1999. Reserva do time de Luiz Felipe Scolari, foi emprestado ao Santa Cruz, Nautico e Al-Ittihad, da Arábia Saudita, até deixar o clube em definitivo em 2004. Ao todo foram 77 partidas como profissional, com 16 gols marcados.
