Análise: Palmeiras mostra resiliência para 'afastar fantasma' do Corinthians no futebol feminino

Verdão reverteu desvtangem do primeiro jogo e venceu primeira eliminatória sobre o rival desde a reativação da modalidade, em 2019

A equipe feminina do Palmeiras deu uma clara demonstração de “nervos de aço” na vitória por 2 a 1 sobre o Corinthians, que culminou no título do Campeonato Paulista no Estádio Brinco de Ouro, em Campinas, na tarde desta quarta-feira (20). Após perder o jogo de ida por 1 a 0, a equipe de Camilla Orlando precisou vencer no tempo normal e nos pênaltis para ficar com a taça.

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Mesmo com a derrota no confronto de ida e o retrospecto negativo contra o maior rival, a equipe mostrou dentro de campo, a pegada necessária para suportar a qualificada equipe do Corinthians: a resiliência e a falta de medo.

A coragem foi recompensada logo na primeira, completamente dominada pelo Palmeiras, através da pressão a saída de bola do Corinthians, que sufocou o time rival. Já a resiliência de não se abalar nem com o resultado negativo do primeiro duelo e tampouco com a gol sofrido no início da segunda etapa foi recompensado com o brilho da goleira Tapia, que defendeu três cobranças nos pênaltis.

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Veja segundo gol do Palmeiras em Campinas, marcado por Dudinha

A arqueira colombiana foi o grande nome das Palestrinas com as defesas na disputa por penalidades, mas o grande ponto alto do time foi o coletivo. Da goleira pegadora de pênaltis até a artilheira Amanda Gutierres, o time se mostrou encaixado.

Ofensivamente, Brena foi o principal destaque alviverde, participando dos dois gols e com um gol anulado por toque de mão na origem da jogada. A camisa 7 deu assistência para Amanda Gutierres abrir o marcador e cobrou a falta que culminou no tento de Dudinha. Entre participações abertas na linha lateral e em outros momentos centralizada, foi a peça que confundiu o tabuleiro do adversário.

Na defesa, Pati Maldaner fez sua atuação mais correta com a camisa do Verdão na temporada. Imponente nos duelos, não deu espaço para as adversárias e taticamente esteve em cooperação com as laterais Bruna Calderan e Fe Palermo e com a zagueira e capitã Poliana.

Na campanha campeã, o Alviverde liderou do início ao fim o torneio. A equipe encerrou a primeira fase na liderança da tabela com 25 pontos em 10 partidas – oito vitórias, um empate, uma derrota, com 32 bolas na rede e seis sofridos. Pelas semifinais, o Verdão eliminou a Ferroviária e garantiu a vaga após vencer por 2 a 1 (3 a 2 no agregado) na partida de volta, com gols marcados por Brena e Poliana, no Allianz Parque. Na final uma derrota por 1 a 0 e o triunfo por 2 a 1 para garantir a taça.

Para além das quatro linhas, o título em Campinas também entra na história por outras métricas. Desde a retomada do futebol feminino do Palmeiras, em 2019, foi a primeira eliminatória vencida pelo Alviverde contra o Corinthians. Em toda a história da modalidade, pela primeira vez o clube alviverde conquistou um título oficial contra o seu maior rival.

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