25 anos depois parecem menos tempo do que os 16 anos-trevas antes de 12 de junho de 1993. A vida anda mais corrida e impaciente que nossa torcida. Voltamos a ganhar quase tudo desde então. Caímos feio e levantamos lindo nesses 25 anos.
Mas em 103 não teve pênalti como o de Evair. Gol como o de Zinho. Vitória como aquela. Contra aqueles. Os rivais que deixamos na fila em 1974 e saímos dela em 1993. Com erros de arbitragem de fato – não de direito. Edmundo tinha de ser expulso por revidar entrada feia de Paulo Sérgio. Tonhão não tinha de ser expulso. Henrique demorou para ser expulso quando estava 1 a 0. Os quatro gols foram legais. O quinto de Edmundo foi mal anulado – pelo mesmo bandeirinha que hoje é presidente da comissão de arbitragem que conversa com árbitro em campo…
O árbitro errou para os dois lados. O lado verde da força ganhou como jamais um colosso saiu da fila: em 18 meses conquistou cinco canecos. Três deles contra o maior rival.
Como o gol de Basílio em 1977 contra a Ponte Preta, o de pênalti de Evair (o quarto) e o primeiro de Zinho fazem desta a maior data de celebração palmeirense.
Não por acaso o primeiro documentário oficial do Palmeiras (e meu e de Jaime Queiroz) é 12 de JUNHO DE 1993 – O DIA DA PAIXÃO PALMEIRENSE. Não por acaso o do Corinthians foi sobre 1977. Fila ninguém quer. Mas sair dela não tem como não querer mais. E não tem como querer algo melhor do que 1993. 60 anos depois dos 8 x 0 no Palestra. 19 depois dos “zum, zum, zum, é o 21”. 6 antes da canonização de Marcos. 7 antes daquele pênalti.
São 25 anos. E todos eles valem por aquele sábado. E até os 16 anos sem títulos valeram só pra ganhar aquele jogo. Contra aquele rival. Com o Palmeiras sendo Palestra. No Dia do nosso primeiro amor.