Agora são 367 vitórias, 295 empates e 338 derrotas em clássicos paulistas, desde 1915.
O Nosso Palestra elenca 9 + para lembrar sempre:
Data: 05/11/1933
Local: Palestra Italia
Juiz: Haroldo Dias da Motta
Gols: Romeu Pelliciari (17’, 28’, 40’ e 52’), Gabardo (46’) e Imparato (54’, 80’ e 85’)
PALESTRA ITALIA: Nascimento; Carnera e Junqueira; Tunga, Dula e Tuffy; Avelino, Gabardo, Romeu Pellicciari, Lara e Imparato
Técnico: Humberto Cabelli
CORINTHIANS: Onça; Rossi e Bazani (Nascimento); Jango, Brancácio e Carlos; Carlinhos, Baianinho, Zuza, Chola e Gallet
Técnico: Pedro Mazzulo
Na preliminar, no jogo entre os segundos quadros, foi 4 a 0 contra o Corinthians, no recém-nomeado Stadium Palestra Italia. No final daquela tarde de 5 de novembro de 1933, o adversário deixou o gramado do Parque Antarctica com a maior derrota da história. A torcida rival exigiu a mudança da direção do clube e quase ateou fogo à própria sede, no dia seguinte, quando toda a diretoria alvinegra deixou o cargo.
No turno, no Parque São Jorge, o Palestra vencera por 5 a 1. No returno, em jogo válido tanto pelo Paulista quanto pelo Rio-São Paulo, foi 8 a 0. Ou 16 a 0, se repetido o placar na outra competição, igualmente vencida pelo Esquadrão de Ferro palestrino, campeão paulista e do Rio-São Paulo de 1933.
O time do treinador Humberto Cabelli goleou “sem dificuldade” o Corinthians “fraco e desorientado” para o jornal O Estado de S. Paulo, que mais enxergava deméritos no derrotado que méritos no grande vencedor. O redator disse que o Dérbi foi um dos mais “fracos” prélios do certame.
Nascimento na meta; Carnera e o capitão Junqueira formando a dupla de zaga; Tunga, Dula e Tuffy compuseram a linha média; Avelino, Gabardo, Romeu, Lara e Imparato foram o ataque insaciável em 1933.
Aos 17 minutos, Imparato, o Trem Blindado, cruzou da esquerda para Romeu mandar no canto de Onça. 1 a 0. Uma mão na bola dentro da área de Rossi não foi marcada pela arbitragem. Não adiantou. Aos 28, Imparato serviu novamente o Príncipe Palestrino: Romeu Pellicciari entrou com bola e tudo. 2 a 0. Gabardo tocou para Romeu ampliar o marcador, aos 40. 3 a 0.
Virou três. Acabou oito.
No primeiro minuto da segunda etapa, Gabardo limpou toda a zaga rival e marcou o mais belo entre tantos gols alviverdes. 4 a 0.
Imparato mandou uma bomba que o goleiro Onça não defendeu e Romeu marcou o quarto dele, aos 9 minutos. Só ele marcou quatro gols em um Dérbi. 5 a 0.
Foi a vez de ele retribuir os passes para gol de Imparato. Na corrida, o ponta-esquerda marcou mais um. 6 a 0.
Imparato fez mais um. Anulado por impedimento. O que não o impediu de, aos 35, pegar rebote do goleiro depois de bomba de Romeu para ampliar. 7 a 0.
Ele queria mais. Aos 40, Imparato. O terceiro dele. 8 a 0. O Trem Blindado que inspirou passagem do filme O Casamento de Romeu & Julieta (2005), que fala da rivalidade entre Montéquios palestrinos e Capuletos corintianos ou vice-versa.
Oito a zero. A maior goleada de todos os clássicos do Trio de Ferro paulistano.
(Já contamos este e outros 4. Ainda tem mais 4 em o Nosso Palestra. Procure em + 9)