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Agora são 367 vitórias, 295 empates e 338 derrotas em clássicos paulistas, desde 1915.
O Nosso Palestra elenca 9 + para lembrar sempre:
Data: 22/12/1974
Local: Morumbi
Renda: C$ 2.311.658,00
Público: 120.522
Juiz: Dulcídio Wanderley Boschillia
Gol: Ronaldo (69’)
PALMEIRAS: Leão; Jair Gonçalves, Luís Pereira, Alfredo e Zeca; Dudu e Ademir da Guia; Edu, Leivinha, Ronaldo e Nei
Técnico: Oswaldo Brandão
CORINTHIANS: Buttice; Zé Maria, Brito, Ademir e Wladimir; Tião e Rivellino; Vaguinho, Lance, Zé Roberto (Ivan) e Adãozinho (Pita)
Técnico: Sílvio Pirilo
Palmeiras e Corinthians são um só corpo dividido em duas almas. Polos diferentes que se atraem por química, corpos diferentes que ocupam o mesmo espaço na física. São gente desta terra e da terra nostra que se distinguem na história. São paulistanos da Zona Oeste e da Zona Leste que se distanciam pela geografia. São tão diferentes que acabam sendo iguais.
Eles não se odeiam. Respeitam-se. Como duelistas. Todo jogo vai ser dia de vitória. Ou melhor: de derrota. Do outro. O importante não é vencer. O que vale é o outro perder. Um não vive sem o outro. Um morre, se o outro vive.
O Dérbi é eterno. Para o alviverde, ainda mais. A vitória no Paulista de 1974 só pode ser devolvida se o Palmeiras ficar 20 anos na fila e perder um campeonato para o Corinthians. A de 1993, a mesma história. Só se o Corinthians terminar com 16 anos de jejum contra o Palmeiras poderá celebrar algo tão histórico como o Dia dos Namorados de 1993.
Em 1974, o torcedor palmeirense (em esmagadora minoria) deixou o estádio tricolor cantando “Zum, zum, zum, é o 21”. Não era campanha de empresa telefônica. Era mais um ano de fila corintiana. Zumbido que ficou pelo Morumbi aos 24 minutos do segundo, quando o mais importante Ronaldo do Dérbi marcou o gol da vitória – na mesma meta de fundo onde Evair bateria aquele pênalti, onde Marcos defenderia aquele pênalti… Zumbido que ficou na orelha de Dudu, que desmaiou ao receber uma bolada no rosto em cobrança de falta de Rivellino. Dudu que voltou em seguida à barreira, para ajudar a terminar a passagem do Reizinho do Parque São Jorge.
O primeiro Dérbi pelo título de 1974 acabou 1 a 1, no Pacaembu. O decisivo foi visto por quase 120 mil torcedores. Quase 110 mil corintianos viram a Segunda Academia de Dudu e Ademir da Guia controlar o jogo, o tempo e o rival. Rivellino foi marcado até por Leivinha e pouco jogou. Luís Pereira limpou a área com Alfredo, enquanto Jair Gonçalves (substituto do lesionado Eurico) deu pouco espaço a Adãozinho, na lateral direita.
Na segunda etapa, o Palmeiras fez o que sabia mais que ninguém – e que muita gente da imprensa parecia não saber ou ter esquecido de tanto que o Corinthians foi considerado favorito. O time de Oswaldo Brandão era base da Seleção. Muito melhor, mais entrosado e menos estressado que o rival pressionado. Fez o gol no ritmo de Ademir, que mal celebrou a vantagem. Parecia que da Guia sabia o que vinha pela frente. Sempre soube.
O Palmeiras segurou a bola, teve um gol mal anulado de Ronaldo e fez mais uma festa contra o rival que só seria campeão quando Ademir parou de jogar, em 1977.
(Já contamos 7 clássicos. Faltam 2)