(Foto: César Greco/Ag. Palmeiras)
Do outro lado do muro, eles sofrem. Desde a aposentadoria do maior ídolo, vagam em busca de alguém que tome frente das traves pela equipe. Tentam, gastam e não encontram uma solução definitiva. Uns com tanto, outros com tão pouco. Aqui, ou lá na Academia, é o conto da piracema. Sobra. Tem em abundância. Traz dúvida sobre qual querer mais, querer melhor e querer ao lado. E é aí que um erro pode começar a
surgir.
Sobrar é uma sorte em tempos de escassez. Seja de recurso, seja de hombridade. A posição de goleiro no Brasil sempre foi abastada, cheia de opções, boas revelações, promessas retumbantes. Provavelmente não seja essa década a mais volumosa nesse aspecto, pelo menos no campeonato nacional. Quem tem um bom 1, não perde. Faz o que pode para mantê-lo. Quem têm dois, é um competente sortudo, ou quase isso.
Quem tem três? O Palmeiras.
Fernando, o símbolo dessa geração que nasceu no rebaixamento consumado em 2012 e quase foi bi em 2014. O cara que ergueu o troféu da Copa do Brasil e o novo Palmeiras, em 2015. Aquele que defendeu o chute impossível de Fred, o penâlti de Gustavo Henrique, de Lucca, de Petros. Que foi Evair na marca da cal. Prass é pra sempre, enquanto durarem seus estoques de disposição e energia. Não merece constestações. Merece paz.
Jaílson é invicto. Construiu uma lenda sobre sua história. Série B pra campeão nacional sem perder. Significa sob si toda aquela campanha de ressurgimento, reúne uma importância étnica, um valor de ser humano que extrapola o campo. Debaixo da baliza, de uma segurança quase desonesta de tão boa. Jaílson é a opção segura pra um grupo unido e uma opção sem críticas.
Wéverton é permitir-se olhar pra frente. Pra a iminente perda dos menos novinhos. É inexperiência de um campeão olímpico. Um promissor que tinha valor e lugar pelo país todo. É reserva de mercado. É qualidade aliada a um negócio oportuno. Um titular que chegou até lá pelas boas atuações que teve. Vai oscilar, não é simples usar a roupa de um Santo. Lembrando que a paciência é divina.
Em momentos de derrota, as dúvidas. O ônus da culpa sempre precisa de um ombro pra recair. Escolheram o goleiro. Não deveriam. É proteger a abundância, é cuidar de um bem que quase nínguem tem. Ano que vem, escolhe-se um titular novo/velho, respeita-se o momento, mas, acima de tudo e pelo Palmeiras, com carinho pelos três.
O Palmeiras tem.