1 – União - Em seu primeiro dia de trabalho na Academia de Futebol, Abel convocou todos os funcionários do CT (desde a equipe de segurança e limpeza, passando por jogadores, a até mesmo o presidente) para uma reunião, a fim de selar um pacto entre todos para se comprometerem com o clube em busca do sucesso no restante da temporada. Tal gesto foi muito elogiado nos bastidores alviverdes, e o português começou a conquistar a confiança de todos a partir daquele momento. (Foto: Cesar Greco/Palmeiras)
2 - Vive intensamente o clube – Desde que chegou e ‘se instalou’ no Brasil, Abel mora na Academia de Futebol (ele afirmou em sua primeira coletiva que “não cruzou o Atlântico para passear ou conhecer a cidade de São Paulo), estudou superficialmente a história do Palmeiras, conhece até mesmo a proximidade da torcida do Palmeiras com torcidas de outros clubes (como Vasco e Atlético-MG) e adotou o Avanti Palestra como grito motivacional nas preleções. (Foto: Reprodução/TV Palmeiras)
3 - Aposta nos renegados – Com o surto de Covid-19 vivido no elenco no último mês no Verdão (mais de 20 pessoas ao todo foram diagnosticadas com o novo coronavírus), Abel teve a necessidade de utilizar peças antes pouco aproveitadas e em baixa com a torcida. O caso mais exemplar foi o de Emerson Santos: com Luxemburgo, o zagueiro havia jogado somente uma partida da Florida Cup e ficou encostado no restante da temporada, mas com Abel ele já foi titular no Brasileirão, Copa do Brasil e Libertadores como zagueiro e até volante. Gustavo Scarpa e Rony também são exemplos de atletas que eram contestados pela torcida e hoje se tornaram peças-chave, figurando como titulares e sendo decisivos em jogos importantes. (Foto: Cesar Greco/Palmeiras)
4 - Trabalho ainda mais intenso com a base – O surto de Covid-19 também ‘forçou’ Abel a utilizar, de forma nunca antes vista na história do Palmeiras, as categorias de base. A título de exemplo, na partida de ida contra o Delfín-EQU pelas oitavas da Libertadores, 100% do banco de reservas do Verdão foi composto por jogadores das categorias Sub-20 e Sub-17, algo inédito em mais de 100 anos de história. Jovens como Fabrício e Marcelinho ganharam chances como titulares em algumas ocasiões. Outros mais rodados, como Danilo, Gabriel Menino e Renan se consolidaram ainda mais e Patrick de Paula, que vinha perdendo espaço com Luxemburgo e Andrey Lopes, reassumiu a vaga de titular em alguns jogos, fez gols e recuperou a moral com a torcida. (Foto: Cesar Greco/Palmeiras)
5 - Roteirização de cada jogo – Abel Ferreira deixa claro no Palmeiras que parte importante do trabalho de uma comissão técnica é analisar os adversários e saber planejar as partidas de acordo com isso. Em alguns vídeos publicados pelo Verdão, é possível perceber que antes e no intervalo das partidas há auxiliares conversando individualmente com atletas, utilizando mapas do campo e mostrando onde devem se posicionar. Em entrevista ao UOL Esporte, Scarpa revelou: “este ano está sendo diferente. Porque, talvez, seja a primeira vez que eu e a grande maioria entra em campo e sabe literalmente tudo que tem de fazer”. (Foto: Reprodução/TV Palmeiras)
Vitor Castanheira e João Martins foram os substitutos de Abel no banco de reservas (Foto: Cesar Greco/Palmeiras)
7 - Volta da força no Allianz Parque – Abel Ferreira e sua comissão técnica deram continuidade ao trabalho começado por Andrey Lopes da recuperação da imponência alviverde em sua própria casa, o Allianz Parque, e atingiram a maior sequência de vitórias da história do novo estádio: nove triunfos consecutivos. Os jogos foram: 5 x 0 Tigre (Andrey), 3 x 0 Atlético-MG (Andrey), 1 x 0 Red Bull Bragantino (Abel), 3 x 0 Ceará (Abel), 2 x 0 Fluminense (Abel), 3 x 0 Athletico-PR (Abel), 5 x 0 Delfín-EQU (Abel), 3 x 0 Bahia (Victor Castanheira – auxiliar), 3 x 0 Libertad-PAR (Abel). (Foto: Cesar Greco/Palmeiras)
8 - Início no futebol brasileiro melhor do que Jorge Jesus, último técnico sensação e vitorioso do Brasileiro e Libertadores – Nos 13 primeiros jogos, os dados apontam que o desempenho do Palmeiras de Abel Ferreira foi melhor do que o do Flamengo de Jorge Jesus (que viria a ser campeão do Brasileirão e da Libertadores na temporada de 2019) no mesmo recorte. Em levantamento feito pelo ‘SofaScore’, o Palmeiras teve mais vitórias (9 x 7), menos derrotas (1 x 2) e foi superior nos quesitos de aproveitamento (76,9% x 64,1%), gols feitos (29 x 27), gols sofridos (7 x 14), grandes chances cedidas ao adversário (12 x 16), chutes para marcar um gol – eficiência – (4.8 x 5.1) e chutes para sofrer um gol (16 x 7.4). (Foto: Lucas Figueiredo/CBF)
9 - Negou a proposta vinda do exterior por acreditar nos jogadores e projeto do clube – No final de novembro, Abel Ferreira recebeu uma proposta para comandar o Al-Rayann, do Qatar, que estava disposto a pagar sua multa rescisória de aproximadamente R$ 11 milhões no Palmeiras e dobrar a quantia que o português recebe mensalmente no Verdão. O gajo, no entanto, prontamente recusou a oferta por estar empolgado com o elenco atual de que dispõe em mãos, a estrutura do clube e em conduzir o Alviverde Imponente à conquista de títulos importantes. (Foto: Cesar Greco/Palmeiras)
10 - “Não ganhamos um c...” - Apesar do início repleto de boas partidas, resultados expressivos e classificação às semifinais da Libertadores e Copa do Brasil, a mentalidade que Abel Ferreira quer implementar no elenco (e no Palmeiras como um todo) é de ‘pés no chão’ e humildade. Na coletiva de imprensa após a vitória por 3 x 0 sobre o Athletico-PR, o técnico frisou: “Vão começar a falar bem da nossa equipe, mas ainda não ganhamos um c…. Minha mãe sempre disse três palavras mágicas. Lembrem-se bem: 'Disciplina, trabalho duro e o vosso talento'. E é dar consistência a isso, o que é o mais difícil. Parabéns pelo jogo e obrigado". (Foto: Cesar Greco/Palmeiras)
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