Crédito: Cesar Greco/Ag. Palmeiras/Divulgação
Talvez ele fosse a solução daqueles problemas. Era bonito, não muito alto, um futebol sensual. Era irritante, digno de ódio, a véspera do amor. Fez de gato, sapato, pênalti e uma taça, seu futuro. Também parou no bolso do affair em andamento. Relação conturbada, amor de carnaval. Já era um amante, disfarçado, silencioso, tuiteiro. A gente sabia, mas não queria ver, era questão de tempo para que o namorico virasse profissional.
Lucas não tem a cara do clube em que joga. Não forma dupla de albúm best seller. Não tem o DNA. Nem deveria. Já viu você aí, um casamento de dois iguaizinhos? Sai faísca. O que traz química é a diferença. Rompantes de desigualdades, desafios, discussões. Percurso complicado para que ao final da história as mãos de somem em algo melhor. O caminho tem sido tortuoso, qualificável de um divórsio, com uma sogra daquelas, bigodudas e rancorosas, mas sempre tem mais uma chance. "Vamos tentar de novo?"
É uma ótima ideia. E um ótimo momento.
Ô, da telinha, cê já teve um amor proibido? Bom, né? Perigoso, tal, mas é bom. A gente tenta mesmo achar maneiras pra que fique oficial, fique suave, mas leva tempo. Depois de crise daquelas, tá rolando um chamego de novo. A sogra já é mais afeita com o relacionamento. Os amigos, nós, estamos querendo que dê jogo. Ele, animadão com a fase positiva. Vai, Lucas. O Palmeiras pode ser melhor contigo. O treinador te curte, a gente te quer bem. Quer mais o quê?
Depois de oitocentos e noventa dias, Lucas deve ser titular neste domingo, dentro de casa. É aquele almoço na casa da família da moça. Os tios vão perturbar, os pais, interrogar. Os primos vão shippar o casal. Daquelas chances que raream pra acontecer. Se fizer direitinho, tá na família.
Vai por mim, Lucas. Essa família, quando abraça, abandona jamais.