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América Mineiro 0 x 2 Palmeiras, 29a. rodada do BR-16

América Mineiro 0 x 2 Palmeiras, 29a. rodada do BR-16

 

Com dois minutos em Londrina, Tchê Tchê fez o que Róger Guedes merecia com um minuto. Gol. Na sequência, arrancada de Dudu e Erik fez um dos não-gols mais gols que vi.

Depois nem Moisés acertou o pé no gramado do Café irregular. Jogo ruim do Palmeiras, só não pior pela fraqueza americana. Segundo tempo feio de doer. Mas com o mais que merecido gol de Alecsandro. Outro palmeirense redimido por erros alheios. Os deuses da bola seguem com o líder há 12 jogos invicto. Há 20 das 29 rodadas líder. Acolhido pelo Paraná verde. Pela amiga Isabella Soares, do perfil CAMPEÃO DO SÉCULO, no Instagram. Ela conta a emoção de ver em casa o time do coração.

”Sempre soube que o estádio era grande, que a torcida pulava o tempo todo, que implicavam com quem vai de preto. Sempre soube que os jogadores são de verdade mesmo, que o gramado é verde e que é tudo de tamanho real. Mas quando se vê só pela TV não se tem a dimensão do quanto tudo isso é real.

 

A emoção de ir ver o Palmeiras começou quando eu soube que viriam pra Londrina, aumentou com os ingressos em mãos e na ida pra lá, meu Deus do céu, nem falar eu conseguia.

Fiquei encantada. Com tudo. Com todos. Os vendedores de água são reais. O sol quente na cara é real. As traves, as linhas do gramado, as bandeiras, os palmeirenses, tudo é real.

Eu sei a escalação do Palmeiras de trás pra frente, mas ontem deu branco. Só conseguia distinguir o goleiro dos linhas. Quando me dei conta que era o Zé Roberto ali, na minha frente, não tive reação. Quando reconheci o Dudu e o Vitor Hugo só consegui pensar: eles existem mesmo. Algo que pra mim era só pela TV e inacessível, estava ali, na minha frente. O líder, o meu Palmeiras, ali, na minha frente.

Foi um dos dias mais felizes da minha vida.

Estar entre os 27 mil pagantes empurrando o nosso Palmeiras a uma só voz, pra mais três pontos rumo ao título, não tem descrição.

O torcedor mais briguento, o mais fumante, o reclamão, o informante do jogo do Flamengo, o corneta, o organizado, o que xinga a mãe do juiz a cada lance, o que manda todo mundo cantar, eles existem. Eles estavam ali comigo, eu estava ali.

O jogo foi na casa do Londrina, mas os 27 mil palmeirenses mais o Palmeiras completo, estavam em casa. Eu estava em casa. Foi como se tudo que eu vi de futebol tivesse sumido e, ali, no Café, nos 90 minutos, fosse o primeiro jogo da minha vida. Foi tudo novo, mesmo sendo o mesmo desde o começo do ano.

Se esse título vier, vai ser o mais especial de todos pra mim, porque dessa vez eu pude estar presente, não só de coração como em todos os outros, mas fisicamente também”.