Caras novas no Palmeiras que disputa o Campeonato Paulista de 2021, o lateral-direito Gustavo Garcia e o volante Fabinho começaram a temporada ganhando minutos dentro de campo e chance de impressionar a comissão técnica para o restante do ano.
Duas das principais promessas do clube, a dupla coleciona momentos juntos e desde os 10 anos de idade jogam lado a lado. Amigos de infância, começaram a trajetória na base do Audax e passaram pela Portuguesa até chegarem ao Palmeiras em 2014 e 2015, respectivamente.
– Eu e o Fabinho temos uma amizade, uma irmandade, desde criança. Começamos aos dez no Audax, tivemos um ano de passagem por lá e logo depois fomos para a Portuguesa, daí para frente foi só alegria. Só tenho a agradecer essa amizade, que continue mais e mais – comentou o lateral.
– Parceiro como o Garcia é… Desde pequenos juntos, estar vivendo esse momento com ele não tem explicação – destacou o volante, em entrevista à TV Palmeiras/FAM.
Juntos no clube desde a temporada 2015, os jovens ingressaram inicialmente no futsal palestrino, com as conquistas metropolitanas e estaduais da categoria sub-14 em 2016, batendo o Corinthians nas decisões.
– Cheguei a jogar futsal com o Alemão e o Eduardo, dois treinadores que temos como referência e que nos ajudaram bastante. Viemos pegando muita experiência, conhecendo o que é o Palmeiras, e o futsal foi um dos pilares importantes para essa transição para o campo – afirmou Garcia
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Destaques no salão, ambos passaram a jogar futebol de campo e colecionaram títulos nas categorias de base. Entre as taças de maior relevância se destacam o Campeonato Paulista Sub-15 (2017) e o Paulista Sub-17 (2018), a Copa do Brasil Sub-17 (2019), a Supercopa do Brasil Sub-17 (2019) e o bicampeonato do Mundial de Clubes Sub-17 (2018 e 2019).
Parceiros dentro e fora de campo, Fabinho conviveu com lesões em 2020, além de perder o pai ao longo da última temporada que disputaram juntos nas categorias de base. Em conversa com o NOSSO PALESTRA, no início de fevereiro, Garcia revelou a reportagem sobre os momentos difíceis que passou ao lado do companheiro
– A gente sonha em conquistar grandes coisas em nossas vidas, se for junto, melhor ainda. Foi o que aconteceu na noite da quarta-feira. Quando ele se machucou, fiquei triste por ele, mas sempre o apoiei e mantive ele pra cima. – disse na época.
Já na equipe principal do Verdão, a dupla estreou junta no primeiro Dérbi do ano, disputado na estreia do clube pelo Campeonato Paulista. Com minutos que agradaram a comissão técnica, ambos ganharam mais tempo de jogo. Fabinho, além do clássico, atuou nas vitorias diante São Caetano e Ferroviária, enquanto Garcia ganhou a titularidade no jogo contra o São Bento, em Volta Redonda.
– Vínhamos conversando sobre a oportunidade de estrear, que se a gente entrasse seria sangue no olho e vontade. Trabalhamos e a oportunidade chegou. Vamos trabalhar para virem cada vez mais oportunidades. É a realização de um sonho, trabalhamos desde a base para chegar a esse momento – revelou Fabinho.
Além da parceria, Garcia revelou que a amizade também colabora para jogadas dentro de campo. Segundo o lateral, na partida em que aturam juntos, executaram uma jogada treinada desde os tempos da base:
– No jogo contra o Corinthians, teve uma bola que o Fabinho recebeu no meio e não pensei duas vezes, corri para costas e ele lançou para mim. Treinamos isso desde a base.
Ainda sem previsão de retorno aos gramados, a equipe do Palmeiras segue treinando na Academia de Futebol, dando sequência aos trabalhos previstos ao longo da paralisação do futebol. No entanto, segundo Abel Ferreira, jovens devem ganhar mais minutos ao longo da competição estadual e, portanto, não será surpresa ver a dupla atuando mais vezes como ao longo do Paulistão. Finalizando a conversa, ambos completaram:
– A gente espera que seja um grande ano. Espero a melhor coisa possível, ganhar título, mostrar meu futebol, meu talento e trabalhar cada vez mais para estar preparado para quando as oportunidades aparecerem – concluiu Fabinho.
– Quando entrar lá dentro é fazer o que sempre fizemos nas categorias de base, é dar raça e sangue, porque vestir essa camisa é grandioso. É a oportunidade que todos queriam. Se estamos tendo, temos que abraçar o momento – finalizou Garcia.
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