O Palmeiras não teve grande atuação contra o Fluminense no empate em 1 a 1 no Allianz Parque neste último domingo (8). Embora o time tenha superado o adversário na maior parte das estatísticas, os números também revelam problemas do time de Abel Ferreira, que se repetiram no duelo.
No primeiro tempo, por exemplo, o Verdão teve dificuldade de penetrar a área adversária e, por isso, abusou da tentativas de cruzamentos. Dos 12 tentados, todos foram errados. O baixo índice de acerto é uma tendência em quase todos os jogos do time no Brasileirão, à exceção da vitória contra o Corinthians.
O fato de ter Rony, com baixa estatura e pouca presença de área, como referência, impacta negativamente essa alternativa. Um peça que muda essa dinâmica para o outro lado é Gustavo Scarpa. A qualidade do meia nesse aspecto proporciona mais chance de sucesso nas jogadas – não à toa, o gol de Dudu. Leia mais.
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Outro ponto relevante na etapa inicial foi a interação do camisa 7 com Raphael Veiga. O lado direito é, de costume, o predominante na fase ofensiva do Palmeiras. Nesta partida, no entanto, Dudu estava ainda mais aberto para atrair o marcador e abrir espaço para Veiga.
Isso não funcionou de imediato para o ponta, que ficou preso à linha lateral, com a dobra da marcação. Com menos poderio do lado esquerdo de Wesley e Piquerez, o Verdão repetiu a mesma movimentação muitas vezes e facilitou o encaixe do time carioca. A inversão de Dudu no segundo tempo favoreceu a variação do ataque palmeirense.
Por fim, um aspecto negativo recorrente no ataque foi a definição das jogadas. Além dos gols claros perdidos por Dudu e Wesley, somente cinco das 19 finalizações foram no gol.
Um problema que não apareceu nas estatísticas foi a transição defensiva do Verdão. Nos jogos contra Ceará, Juazeirense e Emelec, o time foi vazado em contra-ataques e, diante do Fluminense, não foi diferente.
O gol de empate de Cano surge de uma bola perdida em disputa no meio-campo. Desorganizado, o sistema defensivo alviverde visou a bola sem perceber a subida de jogadores adversários e deixou buracos nas alas e no meio. Murilo avançou para cobrir espaço e não conseguiu voltar a tempo.
A falha de Jorge não é o único ponto, mas o principal. Displicente no lance, ele desistiu do movimento no meio, quando já não havia mais tempo de parar o adversário, de modo a deixar a zaga exposta em inferioridade numérica.
Esse, no entanto, não foi o único lance que o Fluminense poderia ter marcado dessa forma. No início do segundo tempo, o time teve mais de uma oportunidade de abrir o placar ao encarar a defesa palmeirense em velocidade.
Isso diz respeito não só ao sistema defensivo, mas também à marcação no campo de ataque, que foi melhor executada durante a primeira etapa. Obviamente, parte disso vem na conta do desgaste pelo decorrer do jogo. Por outro lado, a superação das primeiras linhas tem sido facilitada em momentos de desconcentração do Palmeiras.
A partida não foi de toda ruim, mas esperava-se mais de um time que busca as primeiras posições do Brasileirão. Ainda há tempo de corrigir os erros para tentar arrancada no campeonato.
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