Membro da comissão técnica de Abel Ferreira no Palmeiras, o português Tiago Magalhães da Costa contou, em entrevista para o site da Universidade do Porto, na qual ele fez licenciatura e mestrado, um pouco sobre a forma de trabalho no Verdão e a conquista dos títulos consecutivos da Libertadores.
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O analisa de desempenho do Alviverde, de 27 anos, destacou os processos que envolvem a rotina dos cinco auxiliares no Palmeiras e definiu a estrutura de trabalho, como se fosse uma pequena empresa dentro do clube.
– Cada um de nós tem a sua responsabilidade muito bem definida e isso ajuda imenso, quer nas vias de comunicação dentro do próprio clube, onde cada de um de nós tem um departamento com quem lida mais, quer nas vias de comunicação dentro da própria equipe técnica. Além disso, temos um líder máximo que nos dá máxima liberdade com máxima responsabilidade.
Segundo Tiago, sua função é abastecer toda a comissão sobre os adversários que o Palmeiras irá enfrentar e esboçar a primeira estratégia que a equipe pode utilizar, de acordo com os dados levantados por ele e também pelo Centro de Inteligência do Palmeiras.
– O exercício da minha profissão requer um equilibrio muito grande entre aquilo que é a importância dada aos comportamentos da nossa própria equipe e aos comportamentos do adversário. Pensando numa balança imaginária com estes dois pesos, os comportamentos do adversário não devem “pesar mais” do que os comportamentos da nossa equipe. É filosofia do Abel e da nossa equipa técnica, que a componente estratégica, que deve existir porque não jogamos sozinhos (!), não deve ser mais influente que os comportamentos da nossa equipe nem deve coloca em causa a nossa identidade de processos.
Sobre a conquista da América por duas vezes seguidas, o português admitiu ainda não ter muita noção da façanha e da história que conseguiram construir em pouco mais de um ano no Palmeiras.
– Talvez daqui a muitos anos tenhamos a consciência da real dimensão das conquistas. Basta ver a história para percebermos a dificuldade do feito, dado que demonstra que somente por duas vezes é que uma equipe brasileira conquistou a Copa Libertadores duas vezes consecutivas: o Santos de Pelé, em 1963, e o São Paulo de Telê Santana, em 1993. Por isso, poder estar no nível que essas equipes estiveram, realça a qualidade do trabalho realizado por todos que trabalham diariamente no Centro de Treinos.
Para Tiago, a conquista da Libertadores 2021 no Uruguai teve um sabor muito mais açucarado do que a primeira taça erguida pelos portugueses no Maracanã. Além de ter mais tempo para comemorar após a conquista, a comissão também desfrutou mais do torneio ao longo dos meses.
– O sentimento foi diferente. Na primeira vez, foi o nosso primeiro título enquanto treinadores de futebol profissional. A tensão pré-jogo foi diferente e as celebrações quase não existiram, porque 48 horas depois do jogo já estávamos a ter outro jogo e 60 horas depois do jogo já estávamos numa viagem de avião para o Qatar, onde disputamos o Mundial de Clubes. Ou seja, não desfrutamos muito, nem antes, nem depois do jogo. Na segunda vez, o Abel lançou o mote “Vamos voltar à final e vou desfrutar o dobro”. Penso que todos nós, inspirados nesse mote, desfrutamos em dobro! Quer antes, quer depois do jogo.
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