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André Galassi: Base forte do Palmeiras beneficia não apenas o clube, mas toda estrutura do futebol brasileiro

Até mesmo jogadores que não possuem espaço dentro do Verdão agregam ao esporte e colecionam sucessos Brasil a fora

Palmeiras é o atual campeão da Copinha (Foto: Fabio Menotti/Palmeiras)
Palmeiras é o atual campeão da Copinha (Foto: Fabio Menotti/Palmeiras)

O Palmeiras, que desde 2015 investe altas cifras nas categorias de base, mostra que é inegável que um bom centro de formação exerce papel fundamental na formação de talentos e na garantia de um futuro promissor para a equipe principal. No último triênio, entre 2020 e 2023, as fortes gerações que saíram da Academia de Futebol garantiram ao clube duas Libertadores e uma edição do Campeonato Brasileiro, por exemplo.

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É a partir desse contexto que, ao se destacar com uma categoria de base forte, não apenas beneficia o próprio clube – como já demostrou esportivamente e financeiramente nos últimos anos – mas também desempenha um papel significativo na revelação de jogadores Brasil à fora. Muitas vezes, até mesmo atletas que passaram longe de ser grandes revelações nos juvenis do clube, conseguem espaço em outras (boas) equipes, e escancara ainda mais a força do Centro de Formação palestrina.

Exemplos para isso não faltam. Ewandro, que disputou apenas 11 partidas pela base palestrina em 2021, atualmente é destaque do Sporting, de Portugal – o atacante assinou nesta semana a renovação de contrato com o clube lusitano. Na última edição da Copa São Paulo de Futebol Júnior, em janeiro e vencida justamente pelo Verdão, eram dezenas de ex-jogadores espalhados em outros grandes times. Nomes como Serafim, Abimael, Zabala e Jean Carlos, disputaram a competição como titulares de equipes como Botafogo, Corinthians, Santos e Flamengo – na casa palmeirense, muitas vezes não eram sequer relacionados.

O processo consegue ser bem visível no próprio Campeonato Brasileiro Sub-20. Jhon, Breno Lemos e Luan, no América-MG, Denzel, no Fortaleza, Ruan Santos e Daniel Jr, no Cruzeiro, Jota, no Bahia e Luiz Freitas, no Fluminense, são alguns nomes que aturam no Verdão na última temporada e rumaram à outras equipes por não conseguir espaço com Paulo Victor Gomes.

Inclusive, é preciso desmistificar que um atleta não relacionado pelo Sub-20 do Palmeiras seja imprestável ou não tenha qualidade para entregar ao futebol. Com um elenco qualificado e com cerca de 50 atletas, nitidamente não há espaço para todos, e isso não impede de formar bons atletas mesmo que não tenham espaço – outros podem e devem aproveitá-los.

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O Bahia, por exemplo, se aproveitou bem desta situação nos últimos anos. Nomes como Matheus Texeira (goleiro), Matheus Bahia (lateral-esquerdo), Patrick de Lucca (volante), hoje no Vasco da Gama, e Miqueias (meio-campo) são alguns nomes que, por inúmeras razoes não se firmaram na base palmeirense, mas hoje tem vínculos com times da Série A do Campeonato Brasileiro.

Assim, ao investir em uma categoria de base robusta, o Palmeiras assegura uma fonte constante de jovens talentos que, ao longo de sua formação, são moldados e treinados dentro da filosofia do clube. A estrutura de formação do clube, que inclui dezenas de treinadores, fisiologistas e um staff de modelo europeu, além da Academia de Futebol II, em Guarulhos – CT dedicado somente às categorias de base – proporciona aos jovens atletas as melhores condições para desenvolver seu potencial – seja seguindo carreira dentro do clube ou se transferindo após um tempo dentro das categorias de base.

Essa transferência para outras equipes do país ajuda, inclusive, a equilibrar o alavancar o nível técnico do campeonato nacional, o que é essencial para seu crescimento e desenvolvimento de uma liga. Se existem mais atletas com passagens por grandes bases como a do Palmeiras, significa um número maior de atletas com boa formação de filosofia e fundamentos. Nem só de Endrick’s uma boa base se forma, é possível também ter destaque com a formação de talentos à nível de Série A e Série B da pirâmide nacional.

E o impacto vai além das fronteiras do Brasil. Quando o time negocia jogadores para equipes estrangeiras, não apenas traz visibilidade para o próprio jogador, mas também funciona como uma vitrine para o clube e o talento brasileiro. Nomes como Vitinho e Ruan Ribeiro, que não teriam espaço com Abel Ferreira no time principal do Verdão, abriram espaços para brasileiros no futebol da Noruega e Estônia – há em curso uma expansão global de jovens brasileiros em ligas periféricas.

Em resumo, a categoria de base forte desempenha um papel fundamental na formação de talentos e na projeção do futebol brasileiro, algo pouco comentado e ofuscado pela fixação de parte de torcida por formar um novo Pelé, um novo Neymar ou um novo Endrick, mesmo com a joia ter apenas 16 anos de idade e não dar nenhum sinal de já ser o ‘velho’ Endrick.

Hoje, para além dos títulos a da força estrutural das categorias de base, é inegável que o clube não só se ajuda a garantir um futuro promissor, mas também promove o crescimento e a excelência do futebol brasileiro. A perspectiva é de que no futuro uma parte considerável de bons atletas do Campeonato Brasileiro possam ser formados na Academia de Futebol – algo que a base do Santos viveu nos anos 2000 e o São Paulo, com Cotia, nos anos 2010. Desfrutaremos, apenas!

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