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Após classificação, Palmeiras precisa dosar intensidade para errar menos

O jogador Dudu, da SE Palmeiras, disputa bola com o jogador Lucas Veríssimo, do Santos FC, durante partida válida pelas semi de final (volta), do Campeonato Paulista, Série A1, no Estádio do Pacaembu.
O jogador Dudu, da SE Palmeiras, disputa bola com o jogador Lucas Veríssimo, do Santos FC, durante partida válida pelas semi de final (volta), do Campeonato Paulista, Série A1, no Estádio do Pacaembu.

Na análise que fiz sobre a vitória do Palmeiras sobre o Santos pelo placar de 1 a 0, mostrei o quanto as duas equipes se desgastaram em busca dos gols. O maior sinal do desgaste era justamente a queda de qualidade no passe, instrumento mais importante na criação de jogadas. O Palmeiras, que tem atuado com frequência aplicando muita intensidade ao seu jogo, foi aquele que mais acusou o golpe nesse segundo jogo da semifinal, classificando-se nas penalidades após sofrer a derrota por 2 a 1 no tempo normal.

Durante o jogo, a equipe do técnico Roger Machado errou 53 passes. Número totalmente fora da curva para os padrões que a equipe apresentou no Paulistão. A grande maioria das partidas termina com um número de passes errados mais próximos dos 30 do que até mesmo dos 40 passes equivocados. O único jogo que superou a marca aconteceu em Campinas, quando o gramado do Moisés Lucarelli tornou o bom futebol entre Palmeiras e Ponte Preta algo impraticável após interminável chuva na cidade.

  • Os sinais de desgaste apresentados pelo Palmeiras renderam dois gols ao Santos

No primeiro, a equipe alviverde não teve forças para subir a marcação como na partida de ida e, por isso, viu o Santos criar e concluir a jogada sem grandes problemas. No segundo, o time da Vila Belmiro chegou recuperou uma bola em passe errado do meio-campo palmeirense e acelerou em contragolpe até balançar as redes em chute de dentro da área adversária.

Para exemplificar o raciocínio elaborado acima, preparei um vídeo com imagens do jogo em câmera aberta no qual é possível visualizar os equívocos nos gols da equipe santista e os principais erros por conta do desgaste, que chegaram a prejudicar até mesmo a realização de um contragolpe. Confira!

Agora o Palmeiras terá quarta, quinta e sexta-feira para tentar recuperar o máximo possível a condição física de seus atletas para aguentar a dura e decisiva sequência que vem aí. Roger Machado e seus comandados terão as duas finais do Campeonato Paulista, buscando acabar com o jejum de 10 anos sem levantar essa taça, e mais duas partidas em casa pela Copa Libertadores da América diante de Allianza Lima e Boca Juniors. Dentro do clube, ninguém cogita desperdiçar pontos em casa na fase de grupos da competição continental ou perder a chance de voltar a vencer o Paulistão. O elenco foi montado para aguentar sequência como essa. Resta saber se está pronto para o desafio.