Uma das grandes promessas das categorias de base do Palmeiras, Gustavo Garcia, de 19 anos, fez sua estreia pelos profissionais na última quarta-feira, no empate por 2 a 2 diante do Corinthians, na Neo Química Arena. No clube desde o Sub-13, em 2015, quando foi captado na Portuguesa, o jovem coleciona títulos e também já atuou pela equipe de futsal do Verdão.
Vivendo o clube desde muito jovem, Garcia admitiu a ansiedade no dia anterior ao jogo, data na qual os relacionados para a partida são divulgados, e vibrou contando a emoção ao ligar para os familiares dando a tão sonhada notícia:
– Um dia antes do jogo sempre sai a relação dos convocados e eu estava muito ansioso. Quando ela saiu e eu vi meu nome, liguei para minha mãe em vídeo e dei a notícia para ela. Liguei para o meu pai, mas ele não conseguiu atender por trabalhar como Uber e estar sempre dirigindo. Assim que consegui falar com ele, contei da lista e todos ficaram emocionados. É um momento único que jamais irei esquecer!
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Entrando em campo aos 25 minutos do segundo tempo no lugar de Willian, o lateral-direito ainda recordou os momentos que antecederam sua aparição. Segundo o jovem, ele imaginou situações de jogo e revelou o pedido feito por Abel, para que jogasse da mesma forma que havia cantado o hino.
– Antes de entrar no jogo, eu estava imaginando algumas situações que poderiam acontecer, como mudanças táticas e movimentações. Fiquei de olho no Abel e na comissão para ver se alguém olhava para mim (risos). Continuei aquecendo, até quando um dos seus auxiliares me chamou. Eu olhei para o lado e pensei “chegou o momento”. Tirei o colete, a máscara e fui ver o que ele teria para falar antes de entrar. O Abel falou assim: não faz nada a mais do que você sabe. Joga como você cantou o hino.
Com pouco mais de 20 minutos dentro de campo, o jovem realizou 16 ações com a bola, com dois cortes, um desarme e um passe decisivo. Vencendo o frio na barriga da estreia, deu os primeiros toques para sentir o jogo e com concentração fez uma boa partida.
– Eu senti um frio na barriga por ser um dos maiores clássicos do mundo. Mais pela estreia do que pelo adversário, talvez. Por mais que já tenha jogado na base, o profissional é outro clima, o ambiente é outro e o jogo exige mais. […] Quando entrei, coloquei em mente que os primeiros toques na bola seriam para pegar confiança, para sentir o jogo. Sabia que para as coisas darem certo eu teria que fazer primeiro o básico. Entrei muito concentrado no que devia fazer, onde deveria estar.
De maneira exclusiva ao NOSSO PALESTRA, Garcia ainda revelou que não conversou com Abel Ferreira sobre sequencia de jogos e minutagem em campo, mas agradeceu o treinador pelos elogios. Ainda concluiu dizendo que continua trabalhando forte para estar pronto quando a oportunidade chegar.
– Fico feliz pelo elogio, mas nunca satisfeito. O trabalho continua. Não chegamos a nos falar (eu e o Abel) depois do jogo sobre oportunidades, seja no Paulistão ou em outro campeonato. Mas eu tenho em mente que só depende de mim para as oportunidades aparecerem. Eu trabalho bastante para que quando a oportunidade chegue, eu esteja pronto.
Para finalizar, falou sobre sua amizade com Fabinho, volante do Palmeiras e outro estreante do Dérbi. Amigos desde a infância, ambos atuam juntos desde criança, passando pela Portuguesa de Desportos, Seleção Brasileira e no Palmeiras desde o Sub-13.
– Eu e o Fábio, como chamo ele, temos uma amizade de anos, dentro e fora de campo. Temos um vínculo excelente. A gente sonha em conquistar grandes coisas em nossas vidas, se for junto, melhor ainda. Foi o que aconteceu na noite da quarta-feira. Quando ele se machucou, fiquei triste por ele, mas sempre o apoiei e mantive ele pra cima.
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