O astrólogo argentino Giorgio Armas acusou o Palmeiras de utilizar feitiçaria contra a Bombonera, estádio do Boca Juniors, em entrevista ao jornal local Olé. Segundo ele, além do Alviverde, alguns clubes brasileiros teriam lançado mão de feitiços para amaldiçoar o casa do time argentino.
A explicação do astrólogo cita, sem qualquer embasamento, que é possível que as equipes tenham preparado rituais dentro do vestiário de visitante, uma vez que não seria possível fazer nada em campo. Na alegação, ele refere, inclusive, a possibilidade de sacrifícios animais com objetivo de prejudicar o Boca.
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As acusações de “magia negra” são direcionadas em especial ao Palmeiras, finalista da Libertadores desta temporada contra o Flamengo e adversário histórico dos argentinos no torneio.
– É uma equipe brasileira que enfrentamos várias vezes em partidas decisivas e hoje está na final. Levaram sua gente a fazê-lo e deixaram a maldade. Nos deixamos ser prejudicados no nosso campo e isso nos levou a não ganhar como fazíamos, como mandante, em torneios internacionais – aponta Giorgio Armas.
A última vez que as equipes enfrentaram-se em solo argentino foi em outubro de 2018, pela semifinal da copa continental. Na ocasião, o Boca derrotou o Verdão por 2 a 0 e encaminhou a classificação para a decisão, que seria confirmada uma semana depois no Allianz Parque.
Meses antes naquela mesma edição, o Alviverde havia superado o adversário também pela vantagem de dois gols na Bombonera durante a fase de grupos. Aquela foi a última temporada em que o time figurou entre os finalistas da competição.
Resposta da torcida
Nas redes sociais, os torcedores rebateram as acusações infundadas do astrólogo argentino. Uma resposta que teve bastante repercussão alegava que o verdadeiro feitiço que explicaria a má fase do Boca era a implementação do VAR, o árbitro de vídeo.
A brincadeira faz referência à fama da equipe de ser ajudada pela arbitragem, especialmente, nos torneios continentais. Palmeirenses recordaram os erros do assoprador de apito na decisão da Libertadores de 2000, que poderia consagrar o time bicampeão seguido.
Outros comentários também denunciaram o racismo presente nas falas do astrólogo de que “brasileiros e colombianos seriam especialistas em temas de energia”, de modo pejorativo ao correlacionar isso com religiões de matriz africana.
Sem precisar de mágica
O que os números mostram é que o Palmeiras não teme jogar como visitante pela Libertadores. Afinal, o time soma 15 partidas consecutivas sem ser derrotado fora de casa na competição – um feito inédito.
Entre os jogos da série histórica, o Verdão contabiliza dez vitórias e cinco empates, totalizando um aproveitamento de 77,7%, com 27 gols marcados e apenas 10 sofridos.
A última vez que o Maior Campeão Nacional foi derrotado longe de casa pelo torneio continental foi em 2019, pela fase de grupos, no revés por 1 a 0 para o San Lorenzo, na Argentina.
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