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Atuações: Gustavo Scarpa é o 'vilão' da derrota do Palmeiras contra o São Paulo no Allianz Parque

Confira as notas individuais do Choque-Rei válido pela quinta rodada do Paulistão

Guilherme Paladino

17/04/2021 03:23

Vinícius Silvestre: 6,0 - Defendendo, fez uma boa partida, dado que encaixou chutes de longe e sofreu poucos sustos. Com a bola nos pés, também foi bem, trocando passes com os zagueiros e até mesmo acertando alguns lançamentos longos. A única polêmica da noite envolvendo seu nome foi o lance do gol são-paulino, que surge de uma falha de Scarpa logo após receber passe de Vinícius. Não necesariamente foi culpa do goleiro, mas talvez poderia ter pensado em outra opção a não ser o camisa 14, que estava prestes a ser pressionado de perto.

Mayke: 6,0 - Atuação discreta do ala. Teve mais participação no campo de defesa do que no de ataque, sendo que precisaria justamente dar a profundidade que o esquema com os três zagueiros exigiria. Não conseguiu ajudar com a saída de bola, mas, pelo menos, não sofreu muito com a marcação e, enquanto esteve em campo, o Palmeiras não sofreu muito pelo seu lado. Saiu aos 26 minutos do segundo tempo.

Danilo Barbosa: 6,5 - Fez boa estreia e foi o melhor em campo pelo lado alviverde. Se deu bem na linha de três zagueiros e mostrou que tem muita qualidade de passe, conseguindo ser o elo mais forte na ligação da defesa com o meio de campo. Além disso, teve liberdade para subir ao campo de ataque em alguns momentos e, nestes breves lances, conseguiu um belo passe para Scarpa, que quase fez o gol.

Benjamín Kuscevic: 5,5 - Noite ruim do chileno. Era o zagueiro central numa linha de três, ou seja, o que precisaria dar qualidade de passe para os companheiros ao seu lado, mas sofreu muito para desempenhar essa função e perdeu muitas vezes a bola no campo de defesa. Fora isso, teve uma atuação discreta na marcação.

Alan Empereur: 6,0 - Atuação regular. Deu boas interceptações e desarmes dentro da área, mas sofreu com a pressão são-paulina e teve muita dificuldade para ficar com a bola no pé e sair jogando.

Victor Luís: 5,5 - Partida apagada do lateral-esquerdo. Em um esquema de três zagueiros, os laterais (alas) deveriam ser fundamentais para subir ao ataque e ajudar a pressionar o adversário, mas Victor não deu essa qualidade e a saída de bola alviverde foi precária, sem contar que houve pouquíssimas jogadas de profundidade.

Felipe Melo: 5,5 - Atuação mediana do volante. Em seu setor, o time estava pesado, com muita dificuldade para se livrar da pressão alta do São Paulo e, por isso, foram muitos passes errados. Felipe, por sua vez, sofreu com isso, mas foi o que melhor soube se virar, conseguindo prender a bola através da imposição física e tentando passes para clarear jogadas, mas sem muito efeito. O ponto negativo foi um cartão amarelo desnecessário, em um lance aéreo. Saiu aos 26 minutos do segundo tempo.

Zé Rafael: 5,5 - Partida ruim do meia. Foi lento nas transições, não teve imposição física no meio de campo e perdeu muitas vezes a posse de bola. Em um jogo no qual o técnico utilizou três zagueiros, a função de Zé seria crucial para promover a ligação com o ataque, mas o camisa 8 decepcionou e não conseguiu cumprir o papel.

Gustavo Scarpa: 4,5 - Após um primeiro tempo discreto, o camisa 14 iniciou a segunda etapa mais ligado, oferecendo perigo com as boas finalizações. Porém, jogou tudo descarga abaixo quando falhou grosseiramente no lance do gol são-paulino, ao entregar a bola nos pés do ataque adversário em uma região muito próxima à área alviverde. Saiu aos 26 minutos do segundo tempo como o vilão do jogo.

Willian: 6,0 - Ambos os atacantes do Verdão tiveram uma atuação muito dificultada pois os laterais e o meio de campo estavam em uma noite ruim e produziram pouquíssimo, também devido à forte pressão alta adversária. Willian, em específico, ainda tentou se mobilizar e criar jogadas, mas estava isolado e passou totalmente batido. Saiu aos 30 minutos do segundo tempo.

Luiz Adriano: 6,0 - Sofreu do mesmo mal de Willian Bigode, pois estava isolado no ataque (sofrendo pressão da defesa são-paulina). Contudo, a impressão que fica é que Luiz estava muito apático, que talvez tenha se esforçado pouco para tentar mudar a dinâmica do jogo. Quando a bola chegava, ele até fazia boas paredes e pivôs, mas não passou disso. Saiu aos 30 minutos do segundo tempo.

Patrick de Paula: 6,0 - Entrou aos 26 minutos do segundo tempo e, enquanto esteve em campo, foi bem. Deu outra dinâmica ao meio de campo, deu desarmes, segurou a bola, achou passes e até mesmo pisou bastante no ataque, quase concluindo uma boa jogada de Wesley.

Fabinho: 5,5 - Entrou aos 26 minutos do segundo tempo e tomou cartão por uma cabeçada em Daniel Alves logo de início. Parecia muito afoito, cometendo faltas e chegando muito duro na marcação. Tem um certo desconto pela inexperiência, mas precisa tomar mais cuidado.

Gustavo García: 6,0 - Entrou aos 26 minutos do segundo tempo e tentou ser mais ofensivo do que Mayke, que ocupou o lugar como titular. Não teve muita efetividade, mas pelo menos arriscou bons cruzamentos e marcou sua presença, mesmo que de forma tímida, no campo de jogo.

Rafael Elias: 6,0 - Entrou aos 30 minutos do segundo tempo e também tentou movimentar-se bastante pelo campo de ataque, seja na área para cabecear cruzamentos ou seja buscando a bola e tentando armar jogada. Fez o que Luiz Adriano deveria ter feito, ou pelo menos tentado fazer com mais garra.

Wesley: 6,0 - Entrou aos 30 minutos do segundo tempo e, em seu primeiro lance, já ofereceu perigo à defesa adversária com uma boa jogada individual. Em seguida, continou sendo o jogador mais incisivo do Palmeiras, tentando passes e infiltrações, deixando a impressão de que poderia ter entrado até mais cedo na partida.

Abel Ferreira: 5,0 – Partida muito ruim tecnica e taticamente do Palmeiras. Abel optou por um esquema de três zagueiros, mas a estratégia não combinava com a qualidade (ou a falta dela) dos jogadores em campo. Os alas (Victor Luís e Mayke) jamais se destacaram por seus papéis ofensivos, na verdade sempre foi o contrário. Portanto, não deram a profundidade ao time e tampouco ajudaram satisfatoriamente na saída de bola. O meio de campo, com Zé Rafael e Felipe Melo, estava muito pesado e também não conseguiu fazer a transição corretamente para o ataque e, desta forma, Willian e Luiz Adriano ficaram isolados. O resultado foi uma equipe com extrema dificuldade de superar a pressão alta são-paulina e que foi punida com uma derrota sem qualquer condição de tentar vencer.

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