A CBF divulgou na noite deste sábado (16), quase 48 horas após o término da partida, os áudios da comunicação entre Leandro Vuaden e o VAR Emerson de Almeida Ferreira, no Choque-Rei da última quinta-feira (14) entre Palmeiras e São Paulo, no Allianz Parque, pela Copa do Brasil.
O Verdão venceu por 2 a 1 e acabou eliminado nos pênaltis. No entanto, os áudios mostram que no lance do pênalti a favor do São Paulo a posição de Calleri foi ignorada pela arbitragem de vídeo. Ele parece estar adiantado em relação à defesa do Alviverde, e, portanto, impedido. O árbitro assistente ainda observa que a posição do atacante era ‘ajustada’ (aos 17 segundos do vídeo abaixo).
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Emerson Ferreira rapidamente se preocupou apenas em ver a disputa pela bola dentro da área e também ignorou os puxões na camisa feitos pelo atacante são-paulino em Gustavo Gómez. Chamado ao monitor, Vuaden não hesitou ao decidir pelo pênalti. Veja abaixo:
No próximo vídeo disponibilizado pela CBF, fica claro que a posição de provável impedimento foi ignorada pela equipe. O analista da entidade afirma que a jogada apresentava uma situação anterior que o VAR deveria ter revisado e traçado as linhas para confirmar a posição (aos 51 segundos). Vale lembrar que a equipe de arbitragem de vídeo do Choque-Rei foi afastada da escala para a 17ª rodada do Brasileirão neste fim de semana para ‘avaliação de desempenho técnico’. Confira abaixo:
Por fim, há a comunicação no lance em que Dudu foi derrubado na área por Diego Costa ainda no primeiro tempo. Após rapidamente conferir o replay, Emerson de Almeida Ferreira julga que não houve o pênalti, supostamente seguindo o critério de uma jogada ocorrida no ataque do São Paulo no início do vídeo. Vuaden é comunicado brevemente sobre a conclusão. Ainda é possível observar que logo na sequência o quarto árbitro (Lucas Canetto Bellote) pede a aplicação do cartão amarelo para Abel Ferreira, que reclamou do pênalti não marcado. Assista abaixo:
A arbitragem do Choque-Rei foi alvo de muitas críticas por parte da comissão técnica e da diretoria do Palmeiras, que enviou uma representação à CBF na última sexta-feira (15), em protesto, exigindo a divulgação dos áudios – o que só ocorreu no fim deste sábado (16).
O erro grave, contudo, não possibilita a anulação da partida. A FIFA é muito clara quando afirma no protocolo do VAR que situações do tipo não irão acarretar em interferência no resultado após o apito final. O erro de direito (que habilita a anulação) só ocorre quando há o desconhecimento da regra por parte da equipe de arbitragem ou quando é comprovada má fé (como no escândalo da Máfia do Apito no Brasileirão de 2005, quando jogos foram manipulados e o árbitro Edílson Pereira de Carvalho acabou preso).
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