Abel Ferreira se parece com o último romântico, aquele da canção que Lulu Santos cantou ao mundo no começo dos anos 80. Idealista, sonhador, inocente em sua gana, intenso em sua palavra.
Romântico, em linhas gerais e um pouco tendenciosas, Abel não esconde, não disfarça, não economiza. Ele chegou ainda ontem e, no embalo das músicas, foi sorrateiro e vadio, bem de mansinho, tomando conta de tudo. E de todos (nós).
É assombroso como alguém pode se apropriar – e de forma bonita e contagiante, duma cultura que estava oceanos de distância dele até uns dias atrás. Máquina do tempo pro carisma.
Conheça o canal do Nosso Palestra no Youtube! Clique aqui.
Siga o Nosso Palestra no Twitter e no Instagram / Ouça o NPCast!
Da Grécia pro Brasil, ele se desembestou em questão de horas, mal dormiu e sabia de todos os mais rasteiros detalhes do Verdão. Nomes, momentos, bastidores, alianças, bordões. Consumiu o Parmerismo como quem come um bacalhau de Natal.
Abel optou pelo modelo profissional. Sem boleiragem, sem tatiquês. De todos os métodos e verbos, escolheu o mais efetivo, que é o sincero. Abriu o diálogo sobre os problemas e quis promover soluções.
Soluções essas que passam diretamente por cuidar melhor do material humano que tem. Sem descarte, sem responsabilizações. Oferecer ao profissional a chance para que ele exerça seu trabalho é honesto. No mundo de hoje, é romântico.
O ápice da trajetória meteórica é encarnar o ‘Avanti, Palestra’. Em teoria, é simples. Frase clássica, representativa e super exaltada, mas quem tem a coragem e bradar, gritar, berrar, logo de cara, com tamanha intensidade, essa história toda?
Abel Ferreira, o último romântico.
LEIA MAIS
Palmeiras sofre um gol nos últimos sete jogos e alcança recorde defensivo inédito no ano
Treino do Palmeiras: Esteves volta a treinar com grupo e Luiz Adriano segue em transição; Zé Rafael tem torção no tornozelo
Com Covid-19, Gabriel Menino é cortado da Seleção Brasileira