Quando a fase é boa, a bola cruzada na área do melhor time não entra mesmo com a zaga falhando, aos 14 no calor de Novo Horizonte. Quando a fase é ótima, quatro minutos depois, o bom lateral do bom time da casa dirigido por Doriva comete pênalti tolo e desnecessário em Borja, bem convertido por Dudu, aos 20.
Antes teve bola na trave de Jean Carlos. Mais um lance de perigo da revelação Safira. Depois do gol palmeirense no primeiro ataque, lindo lance de Willian. O melhor custo-benefício alviverde. Um que consegue fazer esquecer Scarpa, no momento em que o meia ex-futuro-não-sei-tricolor enfim estava muito bem.
Só voltaria a ter lance de perigo no segundo tempo. Marcos Rocha fez ótima partida defensivamente. Dudu pela direita tem se saído bem. Bruno Henrique desafoga e também libera Felipe Melo para armar o que Lucas Lima não tem mais feito. Borja tem lutado como sempre em 2018, como deu carrinhos até na defesa, e tem dado caneladas como tem acontecido desde 2017, e como bisonhamente canelou aos 22 do primeiro tempo.
Em três minutos na segunda etapa, o Novorizontino só não empatou porque Jailson milagrou lindo e Victor Luís salvou sobre a linha. O Palmeiras respondeu com Willian aos 8. Sofreu um pouco desde então. Até os 31, quando Keno lançou como Gerson, Oliveira bobeou na saída como se fosse eu o goleiro, e Willian fechou o placar e encaminhou a classificação.
(Já era o final do meu texto. Mas o Novorizontino ainda quis demonstrar o que é fase e qualidade de um time: aos 43, Safira subiu sozinho e quase diminuiu. Na sequência, o Palmeiras respondeu, Wilian sem querer arrumou de costas para Keno fuzilar e marcar o terceiro gol na sétima chance. O mesmo número de oportunidades do rival que não fez gol).
O Palmeiras não precisou jogar o que sabe. E o que sabemos é que pode jogar ainda mais.