Bruno Henrique parece que não sua. E é todo nosso. Não sorri quando faz gol como se fosse atacante. Não se abate quando cerca como volante. Não desarma a carranca quando arma o time.
Não sorri. Não sofre. Não desalinha o cabelo. Alinha a defesa. Joga entre as linhas do rival. Calado. Na dele. Na nossa. E não parece que ele seja tudo isso. O capitão do Felipão como já era do Roger. Joga em 2018 tudo que não conseguiu em 2017. Ganha este ano tudo aquilo que a gente se perdia no passado.
Ele disse ao ESTADÃO que a terapia o ajudou a se conhecer melhor. E nós também. A reconhecer nele o que queremos dos nossos.
Um cara que quando chega na área alheia resolve. Não é elemento-surpresa que surpresa é quando ele não aparece para decidir. Um cara que dá um pé como meia e outro como volante. Arma e desarma com eficiência solene. Sem soberba.
Não sei qual é a voz dele. Mas a gente sabe que a vez é dele. Não sabia em janeiro deste ano se gostaria que ele fosse titular em 2018. E ele é dos nossos melhores e dos melhores de todos o ano todo.
Não sei se ele é um meia recuado como volante ou um cabeça de área cabeça nas duas áreas.
Mas aprendi que quem sabe o que quer e ganha calado a camisa, o lugar e os jogos vai ganhar sempre mais admiração e respeito de quem canta e vibra.