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Carta do jornalista sem pauta

Carta do jornalista sem pauta

Tipo Baden Powell quando tocou sua ‘valsa sem nome’. Página em branco, idéias em branco, mundo em branco. Futebol, tanto quanto. Nebolosa a tarefa de exercer agora a profissão que ganhou pra si o 7 de Abril. Saudades até daqueles penâltis que erramos e nos tiraram do último estadual. Foi em um dia como hoje. Acabou insólito, mas aconteceu. Ébrios ou não, trabalhando, vibrando, torcendo e escrevendo. Existimos, portanto.

Cá estamos ‘comemorando’ como prometidos esperando o fim, ainda que relutantes. Tentando algo pra cá, pra lá. Jogando fora de casa, com 3 a menos e contra Ademir e Dudu. Inglório demais. Deixo, então, estas mal traçadas linhas, lembrando Erasmo, para você que fará o próximo dia 7. Se o estadual estiver monótono, saiba: você tem um estadual pra ver. Se as coisas não forem bem, pense: não há um inimigo invisível te perseguindo pelo ar.

Comparsas de imensa fibra estão em outros campeonatos. Cobrindo o metrô, o hospital, o velório. Dão a cara pra UTI, com sorte. Outros tantos, entrincheirados entre o sofá e cama, mas o que mais poderiam fazer nesses dias nos quais a procrastinação é método de guerra. É preciso saber, você de 2021, que os de 2020 não tinham pauta, só esperança.

O Palmeiras tá lá, quietinho, protegido. A gente, em termos, também. O reencontro talvez seja a melhor sensação desde o ‘Se o Prass fizer..’. A saudade é o melhor cupido do mundo. O futebol vai perder grana, potência, força, mas vai ganhar tanto amor! Não perdemos por esperar. E mesmo que seja aí, na sua época, que tudo isso aconteça, eu espero estar aqui pra compartilhar.

Resistiremos pra viver mais um dia 7, o dia do jornalista.