Eu fui buscar o Borja quando ele chegou, em Cumbica, com o meu filho. Já contei. Não estava indo ao aeroporto de madrugada receber o jogador mais caro da história do clube. Estava com meu caçula indo nos reencontrar pelo Palmeiras.
Eu queria Borja no banco em Itaquera depois de jogar pela Colômbia. Não pelo que ele vinha jogando no Palmeiras – é o artilheiro do SP-18, e já entendi que ele faz gols, não joga… É diferente. Mas eu pretendia a manutenção de Keno na ponta-esquerda (o melhor palmeirense com a bola nos pés contra o Santos), Willian correndo e puxando contragolpe no comando de ataque, e o sempre decisivo Dudu pela ponta-direita.
Nada contra Borja. Tudo a favor do Palmeiras. Sempre. Não torço por jogador, diretor, treinador, patrocinador, balanço financeiro. Quero o melhor para o meu clube, como qualquer torcedor. Achei que era o caso de ele ficar no banco. Por mim, ele não estaria na área aos 6 minutos para fazer o gol da vitória em Itaquera.
Eu teria errado. Mais uma vez. Ele não errou. Mais uma vez no SP-18. Fez o gol e pouco mais fez. Inclusive na hora da treta, embora tenha começado o furdúncio na confusão com Henrique. Depois que a chapa esquentou, mais uma vez ele foi um freezer. Saiu de perto. Como também deveria ter feito Felipe Melo. Mesmo que o volante pareça ter tido as melhores intenções (iniciais), vai sempre sobrar para ele. O melhor jogador do Paulistão acabou expulso e não joga a finalíssima ainda em aberto – mas com evidente favoritismo que ainda não havia no Derby.
Borja, por mim, não teria jogado a final. Por mim, não teria sido escalado tantas vezes. Por mim, acho melhor ficar quieto.
Se for para calar mais uma vez a minha boca para que eu possa gritar mais alto, que ele faça o mesmo que o próprio Felipe Melo está fazendo com a bola em 2018. E até com a boca.
Respondendo ali onde importa.