A busca por novos talentos para a Academia de Futebol é uma das preocupações do Palmeiras. Para que a rotina de títulos das categorias de base fosse construída e se mantenha a cada temporada, o clube palestrino investe no setor de observação, e analisa anualmente centenas de campeonatos pelo Brasil.
Atualmente, o setor de captação é composto por oito observadores técnicos, que se dividem entre as cinco regiões geográficas do Brasil. Quatro cuidam de São Paulo e da região metropolitana da capital paulista, enquanto outros quadros ficam encarregados do interior do estado, Rio de Janeiro, Sul e Nordeste respectivamente.
– Acompanhamos de diversas maneiras. Competições de tiro curto, onde temos muitas escolinhas de futebol, as competições nacionais e estaduais, com os clubes de formação, e um braço no futsal, buscamos muito jogadores no salão, principalmente com idades menores. Temos uma forma abrangente de captar pelo país – disse o observador técnico Douglas Gramani ao NOSSO PALESTRA.
Conheça o canal do Nosso Palestra no Youtube! Clique aqui.
Siga o Nosso Palestra no Twitter e no Instagram / Ouça o NPCast!
Conheça e comente no Fórum do Nosso Palestra
Além dos locais fixados, a cobertura in-loco dos torneios, os deslocamentos dos observadores e a rede de contatos do Palmeiras no território nacional possibilitam o clube a largar à frente dos adversários na caça por novos talentos do esporte nacional.
A busca, que ocorre durante toda a temporada, abrange desde crianças de oito anos até atletas que já ingressaram no Sub-20. Durante a Copa São Paulo de Futebol Júnior, maior torneio de base do Brasil que reúne atletas de até 20 anos de idade, o Verdão mapeou todas as 32 sedes e 128 equipes da competição, com observadores nos locais de jogo e outros atuando de maneira virtual.
– Andamos bastante pelo país nos torneios, visitando equipes e projetos e clubes. Além de estarmos in-loco nos torneios, o Palmeiras possui uma rede de contatos muito grande, que possibilita anteciparmos situações, fazendo com que não precisamos ir ao local. Isso possibilita chegar na frente dos nossos concorrentes. Trabalhamos nessa maneira agressiva e nossa função exige um trabalho diário e incessante para captar bons jogadores – destacou.
Além da questão logística muito bem definida, o setor de observação é muito claro com a questão técnica da análise dos jogadores. Para um jovem ser cobiçado pelo Palmeiras, o talento é a característica primordial e indispensável à um jogador. Em cada idade, outros fatores, como questões físicas, táticas e emocionais, também entram na conta final.
– O talento é primordial. O Palmeiras tem um perfil bem estabelecido do tipo de jogador que a gente gosta. O atleta tem que apresentar qualidades técnicas que nos chame atenção. A qualidade técnica é o repertório de dribles, finalização, assistência, tudo o que pode produzir tecnicamente dentro do jogo. E como ele pode evoluir com o nosso trabalho na Academia de Futebol. Conforme o atleta vai crescendo mediante as categorias, vão entrando os outros atributos, física, tática, comportamental. Nosso principal balizador é o talento, a questão técnica – destacou Douglas ao NP.
Em cada posição do campo, uma cartilha é seguida. Assim, embora exista pluralidade dentro do elenco, características da filosofia de formação são respeitadas. Casos como Danilo, Gabriel Menino e Patrick de Paula, que se destacaram atuando em mais do que uma função no meio-campo são premeditados, e não obra do acaso.
– Buscamos características específicas em cada posição. Esse perfil é estabelecido culturalmente no Palmeiras, então seguimos essa linha que foi determinado pelo João Paulo Sampaio há mais tempo. No meio-campo, por exemplo, buscamos jogadores versáteis, técnicos, competitivos e com boa dinâmica – concluiu.
Totalmente reformulado a partir de 2013, o Centro de Formação de Atletas (CFA) do Palmeiras se consolidou na última década como a principal categoria de base do Brasil. Com dezenas de títulos de expressão conquistados e inúmeros recordes quebrados, o clube colhe frutos dos investimentos recebidos durante as últimas gestões.
Ativo em noves categorias de campo (Sub-10, Sub-11, Sub-12, Sub-13, Sub-14, Sub-15, Sub-16, Sub-17 e Sub-20), e realizando o intercâmbio com o departamento de futsal, o Maior Campeão Nacional trabalha com mais de 200 atletas em suas categorias inferiores.
LEIA MAIS