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Chegamos por competência, mas querem nos impedir com indecência

Um desabafo contra as sombrias decisões da (in)justiça do futebol brasileiro

Chegamos por competência, mas querem nos impedir com indecência
Por Artur Abramo e João Gabriel Falcade

Deixaram o Palmeiras chegar. Ou melhor, não deixaram, mas chegou mesmo assim. Recuperado de duras derrotas e ardidas bordoadas, o Maior Campeão Nacional se reergueu. Não mais só tendo o “todos somos um”, mas tendo esse UM ‘contra tudo e contra todos’. Esses que fazem questão de chutar quando estamos caídos e insistem em tentar em nos empurrar quando estamos em pé e em paz. Mesmo sabendo que, ao final, nós, e ele, o Palmeiras, sempre levanta e, na maior parte das vezes, atropela quem estiver pela frente.

É verdade que as quedas dessa temporada não foram baratas. Custaram caro no bolso do clube e nas costas do treinador. Apesar do apoio de quem por ele torce, há quem distorça o que ele faz por querer vê-lo cair. Abel, taxado de reclamão, incomoda quem está acomodado com suas frases feitas e má vontade padrão. Abel chateia os indispostos a mudar. E a resposta é clara. Rebaixam o que diz o português, que parece ser compreendido em grego. Não por falta de saber, mas por falta de vontade.

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O legado que tanto cobram é o mesmo que se recusam a aceitar. Ele vence com suas manias e à sua maneira, mas vence. Convencer é aspecto de análise pessoal e não deveria entrar nessa discussão. Depois de títulos, recordes e outras marcas, resta seguir vencendo. E isso ele faz. Seu time é menos do que ele tinha antes, mesmo tendo pedido por mais. Ainda assim, conseguiu arrancar no campeonato nacional. Difícil saber se o fôlego vai durar para toda a maratona. Mas o gás a mais chega justo neste momento de liderança.

O retrovisor já deixa para trás rivais certos na briga. Para isso, os meios de frear esse carro são automaticamente ativados. É figurinha repetida. Afastar o treinador no melhor momento, punir o jogador X na hora H e por aí vai. Há maneiras de driblar estas situações, mas nem sempre a marcação cede espaços. Historicamente, o Alviverde é conhecido por pular esses obstáculos. Fato que até abrilhanta muitas de suas corridas. Agora, dá ainda mais sentido ao lema de união e combatividade do treinador.

‘Ninguém vai ganhar isso aqui na mão grande’.

O dia após dia desse time, costumeiramente, transita entre o céu e o inferno. De muro pichado para a empolgação por título na décima rodada. É cedo para qualquer um dos dois. É tarde para outros. Hora de aceitar o fim do ciclo que parece anunciado. É importante que esse encerramento não acabe com mais coisas. Não pode virar o foco nem de fora pra dentro, nem de dentro pra fora. É preciso focar no que, de verdade, importa. E os barulhos internos e externos que briguem entre si.

O Palmeiras é o morro quando está muito calado, muito tranquilo. Ele não é assim. Mas ele se defende de uma maneira celestial quando tentar subir na base da força. Não vão passar. Não vão conseguir. Eles nunca conseguiram, e tentam há décadas. Azar de todos que ainda não aprenderam que o melhor Palmeiras que existe é aquele que tentam prender e amordaçar. Não nascemos para a acomodação. Somos resultado da rebeldia e da revolução.

Custe o que custar: Sere***!.

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