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Cléber 'relembra' jogo contra Catar e exalta Palmeiras: 'Na realidade, é uma Seleção'

Ídolo do Verdão representou o clube diante do país asiático em 1998

(Foto.: Divulgação)
(Foto.: Divulgação)

A cada quatro anos, o clima de Copa do Mundo é inevitável. Enquanto os times no Brasil estão de folga, as principais Seleções do planeta disputam o torneio que, neste ano, é realizado no Catar. A equipe da casa enfrentou Países Baixos, Senegal e Equador em 2022. O que poucos sabem, contudo, é que, em 1998, os cataris entraram em campo diante do Palmeiras.

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Na ocasião, um amistoso foi disputado entre a equipe nacional do país do Oriente Médio, treinada por Luiz Gonzaga Milioli, e o Maior Campeão Nacional, de Felipão. Em São Paulo, no Parque Antártica, o Verdão venceu por 2 a 0, com gols de Oséas e Júnior Baiano.

Em campo, estava Cléber, zagueiro titular da equipe na década de 1990. Mesmo assim, contudo, o atleta pouco lembra da inusitada partida realizada há mais de 20 anos. Em entrevista ao NOSSO PALESTRA, o ex-defensor afirmou que é difícil recordar de todas as informações de sua passagem pelo Alviverde, que durou sete temporadas. No entanto, explicou que o confronto foi realizado porque o técnico alviverde havia trabalhado com Milioli no Criciúma anos atrás.

– Vou ser bem sincero. Como foi o jogo, eu não lembro muita coisa não. Eu lembro que esse jogo aconteceu. Eu fiz muitos jogos, graças a Deus, com a camisa do Palmeiras. Foram quase 400 jogos, fora os amistosos como esse aí. O jogo foi no Parque Antártica, não tinha torcida, mas detalhes eu não lembro nem se estou na escalação. Se não me engano, foi na parte da manhã. Quanto foi o jogo? Detalhes eu não tenho lembrança deste jogo. Só sei que foi um jogo-treino. O Felipão acho que treinou um time lá e tinha conhecidos dele na comissão técnica, e alguns jogadores também, e resolveram marcar esse amistoso no Parque Antártica como um treinamento. Foi proveitoso na época, porque, querendo ou não, é sempre uma Seleção. Mas eu não tenho muita coisa para dizer.

Além disso, Cléber falou sobre a sensação de enfrentar a equipe catari. Relembrando o feito da Academia em 1965, que representou o Brasil diante do Uruguai, o ídolo palestrino deixou claro que jogar no Palmeiras é como jogar em uma Seleção, uma vez que o clube conta com atletas de alto nível.

– Eu lembro mais a história desse jogo (contra Uruguai) do que do outro (contra Catar). O Palmeiras é muito forte historicamente e muito forte quando manda jogadores para a Seleção. Agora, sem clubismo, sem nada, o Palmeiras na realidade é uma Seleção. Os grandes clubes do futebol no mundo que quando formam grandes esquadrões, têm sempre jogadores de Seleção Brasileira. Na minha época, então, posso dizer com frequência, porque foi a época que eu fui mais convocado e teve mais jogadores representando o Palmeiras na Seleção Brasileira e em Copas do Mundo. Então, (o Palmeiras) sempre entra de igual para igual com qualquer Seleção que for atuar. Me lembro de fazer jogos com o Palmeiras no (Santiago) Bernabéu contra o Real Madrid de igual para igual. O Palmeiras sem dúvida tem esse histórico além de ter representado o Brasil nesse jogo lá no Mineirão, que é histórico também, com a camisa da Seleção Brasileira. Se você pegar os esquadrões do Palmeiras, inclusive na minha época, você podia colocar a camisa da Seleção Brasileira que iam representar muito bem. Todos os jogadores eram nível de Seleção Brasileira.

(Foto: Divulgação)

Copa do Mundo de 1994

Em 1994, Cléber era considerado um dos principais zagueiros do Brasil. Bicampeão brasileiro pelo Palmeiras, era um nome frequente nas convocações de Parreira no ciclo para a Copa do Mundo nos Estados Unidos. Contudo, não figurou na lista final do treinador.

Ao NP, o ex-jogador explicou que, apesar disso, se considera um campeão por ter vencido títulos como a Libertadores na “Seleção” alviverde. No entanto, lamenta o fato de não ter sido levado ao mundial.

– Fiquei super feliz de ver o Brasil campeão, mas lógico que eu senti um pouco naquele momento de ficar na expectativa de ser convocado. Ficou entre eu e o Ronaldão. Depois teve uma entrevista já, ficou esclarecido, por parte do próprio Moraci, que tinha o telefone do Ronaldão e passou o nome para a comissão técnica. O Moraci já deu uma entrevista na ESPN e me falaram que o Ronaldão estava na competição no Japão, e eu em excursão com o Palmeiras fazendo amistosos, então pesou que ele tinha mais ritmo de jogo. Isso é importante de ser esclarecido, uma dúvida. Eu achei que era o Mustafá, mas não foi, porque ele tinha tomado a frente e me ligado antes na Colômbia, falaram que não gostaram de ele ter feito isso, começou a sair na imprensa o meu nome muito forte, mas foi mesmo a primeira versão, que o Moraci tinha trabalhado com o Ronaldão, e o Ronaldão estava em ritmo de jogo no Campeonato Japonês. Depois, foi campeão, isso é o que mais importa. Lógico, eu lamento de não ter tido aquela oportunidade, eu estava vivendo um momento muito bom na carreira, mas o Brasil foi campeão, mas eu me considero um campeão com o Palmeiras, que é outra Seleção que eu vesti a camisa.

(Foto: Gazeta Press)

Copa do Mundo 2022

Atualmente, o Brasil está em busca de mais uma conquista mundial. Pela primeira vez desde 2002, o time conta com um jogador do Palmeiras no elenco, sendo este o goleiro Weverton. Para Cléber, a presença do arqueiro é um bom sinal, uma vez que o país nunca venceu uma Copa sem um palestrino no time. Porém, considera caminho ao troféu difícil.

– É um excelente sinal (a convocação do Weverton). Vamos torcer para o Brasil e para o Weverton que está lá para a gente trazer esse hexa. Não vai ser fácil, temos caminhos difíceis pela frente, situações de lesão. Que esses atletas possam se recuperar, se juntar ao outros e que e a gente dar sequência nestes grandes jogos que o Brasil tem feito.

Cléber chegou no Palmeiras em 1993. Ao longo de sete temporadas no clube, entrou em campo 375 jogos e conquistou o Brasileirão (1993 e 1994), o Paulistão (1994 e 1996), a Copa do Brasil (1998), a Copa Mercosul (1998) e a Libertadores (1999).

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