(Foto: Forza Palestrina)
É bom demais torcer por você, Palmeiras. É lindo ver a festa que a torcida faz antes dos jogos na Palestra Itália com a Caraíbas. É incrível sentir que a gente pertence a tudo isso. A alegria de levar um banho de cerveja, de cair no braço brasa dos fogos, de abraçar um desconhecido na hora do gol no seu estado máximo de felicidade, de se perder no meio de toda a fumaça verde, é impagável. Muita coisa tem preço, mas isso tem valor.
O amor é tão bom que nem nos maiores vexames a gente te deixou, pelo ao contrário, ali que te abraçamos e te fortalecemos. Doeu muito cada uma das derrotas. O 6×0 para o Goiás, em 2011, machucou demais. Só que quando o título da copa do Brasil veio no ano seguinte, a alegria era tanta que a gente nem lembrava que um dia tínhamos sofrido uma goleada assim.
O rebaixamento em 2012 foi aterrorizante. O pior. Que raiva! Mas quando saímos da série B e voltamos para o nosso lugar, todo aquele sofrimento foi amenizado. O ano de 2014 também foi sofrido, meu San Gennaro do céu! Só que de novo, quando chegou 2015 e o tri da Copa do Brasil, a gente nem lembrava o que era sofrer, não por esquecer o que passamos, mas porque a felicidade não cabia nos nossos corações.
Fiz essas comparações, Palmeiras, para mostrar o quanto é bom torcer por você. Mesmo nas derrotas e vexames nós não ficamos sozinhos. Nunca estamos sozinhos. Sempre tem um ombro com o coração esverdeado para poder chorar. O sentimento é sempre que tudo de ruim vai passar – porque, de fato, vai.
Nas alegrias é bom demais torcer por você, Palmeiras. Nossa, como é bom! Olhar para cada um ali e enxergar a felicidade estampada no rosto deles. No meu rosto. A felicidade que só a gente sabe como é. Não dá para explicar e nem precisa, porque a gente sabe. O orgulho que invade quando vestimos a camisa com o escudo nos engrandece. Irradia! Eleva o nosso ser e nos faz cada vez mais apaixonados por essas cores.
Hoje, com a possibilidade de conquistarmos o Deca, o coração está entalado na garganta, o frio na barriga sobe para o corpo todo, a mão treme e essa sensação é a melhor do mundo e só você, Palmeiras, proporciona isso.
Obrigada por ter nos escolhido para sentir tudo isso que você é, Palmeiras. Obrigada por me permitir ser Palestra de coração. Está chegando a hora da emoção máxima contagiar cada palmeirense e de sentirmos o que é ser Palmeiras no estado máximo de palmeirismo. Obrigada, Palmeiras.