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Como os 'estádios de futebol do futuro' estão sendo usados para testar a computação de borda

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Torcida do Palmeiras no Allianz Parque (Foto: Celso Ardengh)
Torcida do Palmeiras no Allianz Parque (Foto: Celso Ardengh)

A tecnologia caminha a passos largos, e muitas vezes, as pessoas nem sequer conseguem acompanhar tudo o que está acontecendo ao redor do mundo. Em um período de pouco mais de 20 anos, a humanidade mudou profundamente a forma como se relacionava com os recursos tecnológicos, que hoje em dia estão cada vez mais presentes nas diferentes esferas sociais, e fazem parte do cotidiano das pessoas, como se fossem mais um item da família.

Ir ao cinema, por exemplo, já não é mais o que era; da mesma forma, baixar jogos, um processo que há poucos anos poderia levar dias, hoje já é feito — ou desfeito — em segundos, aliás, em alguns casos, é possível inclusive baixar o mesmo jogo em diversos dispositivos, acompanhando a progressão do usuário. Mesmo assistir a um jogo de futebol num estádio já é um processo completamente diferente. Além da evolução de todas as câmeras e presenças de um vídeo-árbitro, novos recursos, como a computação de borda, estão sendo testados para melhorar ainda mais a experiência do público.

O que é computação de borda

Antes de começarmos a falar de computação de borda, ou edge computing, vale a pena explicar rapidamente o que seria essa nova forma tecnológica que promete acelerar ainda mais alguns processos. Ao contrário do que faz a computação em nuvem, que envia dados para um servidor externo, a computação de borda inclui processamento e armazenamento de dados de forma próxima ao local em que esses dados estão. 

Isso permite uma resposta muito mais rápida do que no caso da computação em nuvem, por exemplo, o que pode facilitar muito em alguns casos. Além dos benefícios que envolvem a questão do tempo, a questão da segurança também é um fator muito importante a ser levado em consideração, já que este tipo de conexão também é mais segura do que a conexão em nuvem. Sem dúvidas, a computação de borda é um dos componentes para a internet do futuro!

Onde entram os estádios nesta equação?

Agora que ficou mais claro o que é a computação de borda, eis, em termos práticos, qual é o benefício desse tipo de tecnologia para os estádios. Não é segredo para ninguém o investimento em tecnologia nos estádios, por exemplo, a utilização de muitas câmeras de transmissão em alta definição, sem dúvidas foi um grande avanço. No entanto, toda essa evolução gera dados que podem demorar a ser transmitidos para o público. Agora, se esses dados forem processadores localmente, ao invés de serem enviados para um ambiente externo, o tempo de resposta pode ser muito inferior — fazendo com que a qualidade e a rapidez de transmissão imperem. 

Esse serviço pode se aproveitar, por exemplo, da tecnologia 5g, que parece ter vindo para conectar mais as coisas do que as pessoas, criando um ecossistema inteligente e ainda de maior qualidade para o público. Por mais que os testes ainda estejam em fase inicial de implementação e feedback apenas em alguns estádios de maior tecnologia espalhados pelo mundo, é possível perceber que a edge computing pode melhorar ainda mais a experiência dos usuários, que podem se acostumar a receber nada menos do que a melhor experiência no que diz respeito às transmissões em tempo real.