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De quase rebaixada a semifinalista: como a Ponte Preta chega para enfrentar o Palmeiras?

De quase rebaixada a semifinalista: como a Ponte Preta chega para enfrentar o Palmeiras?

(Foto: Cesar Greco / Divulgação / SE Palmeiras)

Até o momento da paralisação do futebol provocada pela pandemia de Covid-19, a situação da Ponte Preta no Paulistão era terrível: duas vitórias, um empate e sete derrotas em dez jogos disputados. Apenas sete pontos somados, de 30 possíveis.

A realidade após a paralisação é outra, totalmente oposta: a equipe, que até então lutava contra o rebaixamento, conquistou duas vitórias nas duas últimas rodadas da primeira fase, se classificou para os mata-matas e já eliminou o poderoso Santos por 3×1, em plena Vila Belmiro, nas quartas de final. Agora, a Ponte Preta vai encarar o Palmeiras, no Allianz Parque, para decidir uma vaga na final do Campeonato Paulista.

Mas, afinal, qual é a Ponte que vai encarar o Palmeiras? Há uma diferença entre a Ponte Preta pré e pós-paralisação? O torcedor mais observador pode notar que não houve mudanças significativas no elenco da equipe de Campinas na competição estadual. Explicaremos.

A PONTE QUE ENCAROU E A QUE VAI ENCARAR O PALMEIRAS

Voltemos no tempo, para as 19h30 do dia 08 de fevereiro de 2020. Naquele momento, Ponte Preta e Palmeiras se enfrentavam no Moisés Lucarelli. O time que atuou pela Macaca era composto por: Ygor Vinhas; Apodi, Wellington Carvalho, Henrique Trevisan e Guilherme Lazaroni; Dawhan, Índio (Vinicius Zanocelo) e João Paulo; Mateus Anderson (Felipe Saraiva), Bruno Rodrigues (Safira) e Roger. O técnico ainda era Gilson Kleina.

Agora, observemos a escalação da equipe que eliminou o Santos, na Vila Belmiro, na última quinta-feira (30): Ivan; Apodi, Wellington Carvalho, Henrique Trevisan e Guilherme Lazaroni; Dawhan, Vinicius Zanocelo (Índio) e João Paulo (Danrley); Jeferson (Moisés), Bruno Rodrigues e Safira (Roger).

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À época do primeiro jogo entre as duas equipes em 2020, Dudu ainda jogava no Palmeiras – Foto: Cesar Greco / Divulgação / SE Palmeiras

À parte a mudança de treinador (quem dirige a equipe desde 20 de fevereiro é o ex-goleiro formado na base pontepretana, João Brigatti), as diferenças entre os jogadores que disputaram as partidas do começo do ano e dessa semana são quase nulas. O motivo é que a Ponte perdeu apenas dois jogadores nos meses em que a bola não rolou; um deles foi Felipe Saraiva e o outro foi Mateus Anderson. Ambos chegaram a jogar contra o Palmeiras em fevereiro.

No quesito reforços, os campineiros contrataram oito jogadores durante a parada. Contudo, apenas dois deles podem jogar pelo Paulistão, pois vieram de times que não disputaram o estadual por outras equipes: Osman e Moisés. Este último, inclusive, entrou durante o jogo contra o Santos e marcou o gol da virada para seu clube.

VEREDITO

Em nomes, a Ponte Preta pouco mudou após a paralisação do futebol. No entanto, o estado anímico do time é outro. Escapar do rebaixamento, classificar para os mata-matas e vencer o Santos na Baixada é uma sequência de sucessos que motiva qualquer equipe.

Sem contar que o treinador João Brigatti possui identificação fortíssima com a Ponte, por ter sido formado nas categorias de base do mesmo. O ex-arqueiro também já atuou como preparador de goleiros e técnico interino da Macaca no passado.

E, concluindo, por mais que os jogadores sejam os mesmos, há uma diferença significativa: muitos que estavam em baixa, agora gozam de confiança e prestígio. O caso mais ilustre é o de Bruno Rodrigues, que fez três gols nos últimos três jogos. Ele havia sido muito criticado pela torcida até a paralisação e era um dos nomes mais cotados para deixar o clube. Não saiu, atingiu uma boa forma física e foi peça-chave da equipe na retomada do campeonato. Hoje, é titular absoluto.

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O jogador Bruno Rodrigues é destaque da Ponte Preta pós-paralisação, com três gols (todos de cabeça) em três jogos – Foto: Divulgação / Twitter / Ponte Preta