Basta lembrar: o Fortaleza terminou o primeiro turno do Brasileirão 2022 na zona de rebaixamento, em último lugar, com 15 pontos ganhos. Muito cogitou-se sobre rebaixamento, sobre como operar um “milagre” e permanecer na série A. A solução natural, seja na opinião pública ou na da torcida, era a de sempre – trocar o treinador. Pablo Vojvoda não entrou pra conta dos dispensados por uma má fase e seguiu com seu trabalho. O que aconteceu depois?
Desde então, o Leão foi aos mata-matas da Libertadores e começou uma campanha impressionante de recuperação no campeonato nacional. Com 32 pontos conquistados em 15 rodadas, a melhor marca entre todos os clubes na segunda metade do torneio, o Fortaleza chegou à nona posição na classificação, avançando 11 lugares na disputa da Série A.
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Vojvoda é argentino, chegou em maio de 2021, foi campeão estadual, conduziu o Leão à Libertadores, um feito histórico pro clube, e viveu um momento ruim – superado com tempo e com trabalho. Tempo é a palavra que une essa histórica com a outra, ainda mais longeva, ainda mais vencedora, com ainda mais situações extremas, que é a de Abel Ferreira no Palmeiras.
Abel já é campeão de (quase) tudo. O Brasileirão, título ainda em aberto em sua trajetória de intensas conquistas, está a uma vitória de ser concretizado, e pode vir justamente contra o time de Vojvoda. Gringos que se estabeleceram no Brasil de figuras clássicas (talvez desgastadas) na função, o português e o argentino, com orçamentos e aspirações distintas, se fixaram com filosofias muito claras e a confiança de um trabalho longo.
Provando força em um campeonato duro, com resistência da classe para com estrangeiros, fato que já gerou intenso desgaste com Abel, esses dois trabalhos se enfrentam para coroar a glória palmeirense em sua (uma das) grande época, empilhando taças, e com um Fortaleza que olha com ambição para uma possível vaga de retorno à Libertadores após estar condicionado fortemente ao descenso, nos números e na opinião pública.
Abel Ferreira e Juan Pablo Vojvoda são o futebol do estudo, da força, do respeito ao trabalho e dos resultados. Apoiados por gestões que confiam, algumas vezes por segurança, outras tantas por convicção, respeitados por seus torcedores, por seus grupos de trabalho e suportados por seus resultados que argumentam sozinhos. No Allianz Parque, na próxima quarta-feira (02), eles se enfrentam em um jogo especial, como são essas duas histórias.
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