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Conheça ídolo do Palmeiras que disputou Copas do Mundo por Brasil e Itália

Mazzola foi ídolo do Verdão, do Milan, do Napoli e da Juventus

Mazzola se despediu do Palmeiras na década de 50 (Foto: Acervo Palmeiras)
Mazzola se despediu do Palmeiras na década de 50 (Foto: Acervo Palmeiras)

José Altafini chegou na base do Palmeiras aos 17 anos, vindo do Piracicabano. Conhecido como Cuíca nos campos de Piracicaba, Mazzola ganhou seu apelido definitivo no Verdão graças à semelhança física com o craque italiano Valentino Mazzola. Subiu para o time profissional e logo foi responsável por muitas vitórias palmeirenses na segunda metade da década de 1950.

A venda de seu passe para o Milan possibilitou a compra de outros jogadores – como Chinesinho, Julinho Botelho, Romeiro e Zequinha, craques que em poucos anos foram fundamentais para a formação da Primeira Academia do Verdão. Mas sua história vai bem além disso.

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Pela Seleção Brasileira, conquistou a Copa do Mundo de 1958, a que ficou marcada como a Seleção de Pelé. Naquele torneio, foi titular nas primeiras partidas e marcou o primeiro gol da equipe na competição, mas não atuou com apenas um país no peito. Em 1962, defendeu a Seleção Italiana.

Com sucesso na Itália, onde ficou conhecido pelo sobrenome Altafini, Mazzola foi um dos maiores artilheiros da história do Campeonato Italiano (quarto no ranking geral, com 216 gols) e da Liga dos Campeões da Europa – foi ídolo no Milan, no Napoli e na Juventus. Em entrevista à TV Palmeiras, Mazzola explicou o motivo por ter trocado de seleção.

Segundo contou o ex-atacante, o Brasil convocava apenas jogadores que estavam no país, o que impediu sua convocação para 1962 já que ele jogava pelo Milan e não tinha a intenção de deixar sua passagem tão vitoriosa pelo território gringo.

– O Brasil não chamava quem jogava no exterior. Em 1961, meu tio procurou a CBD (antiga CBF) e perguntou se eu seria convocado e disseram que não, que só convocavam quem estava no Brasil.

Foi nesse mesmo período que Mazzola recebeu o convite da Itália para integrar a equipe, já que tinha o passaporte italiano, estava habituado com o futebol do país e era um destaque absoluto do campeonato nacional, um verdadeiro ídolo local.

– Fui penalizado, tinha 23 anos e não poderia jogar o Mundial. A Itália me convocou porque tinha passaporte italiano, e acabei jogando. E foi um drama para mim. Os jornais brasileiros disseram horrores sobre mim, me chamavam de ‘mercenário’ e outras coisas.

Depois de atuar por duas seleções que, somadas, têm nove Copas do Mundo, Mazzola, no Palmeiras, jogou entre 1956 a 1958. Durante o período, marcou 85 gols em 114 jogos disputados, média de 0,74 gol por jogo, uma das maiores da história do Palmeiras.

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