O carinho do corintiano com a camisa no sábado mais do que com o elenco limitado que se superara no turno foi a base da grande e provavelmente determinante vitória do líder. O que não havia de futebol foi recuperado. O Palmeiras até começou melhor nos primeiros 5 minutos. Linha de zaga alta (um risco quando não treinada e com gente mais rodada), Keno acaso. Mas de tanto querer botar a bola no chão, uma saída errada obrigou Prass a salvar o Palmeiras aos 6, na primeira das 14 chances alvinegras.
O Corinthians seguiu em cima como se ele precisasse da vitória que só o Palmeiras era obrigado. Confundia tranquilidade com lentidão. Perdia a primeira, a segunda e todas as bolas. Até bobear de novo pelas laterais e assistir ao impedido Romero reencontrar o gol, aos 27. Lance que da cabine na Arena Corinthians achei normal.
Anormal foi na sequência o Palmeiras desmanchar e Balbuena, dos melhores zagueiros do BR-17, fazer 2 a 0, dois minutos depois. Normal foi Mina voltar ao time e diminuir de cabeça, aos 34. Mais anormal ainda foi a zaga verde bobear de novo e Edu Dracena derrubar Jô. 3 a 1 Corinthians, aos 38.
E foi pouco para o Corinthians que criou 11 chances no primeiro tempo. Mais do que em muitos jogos seguidos. Valentim mexeu. Mas não foi feliz ao sacar Keno e apostar em Róger Guedes. O Palmeiras mais levou amarelos que jogou nos primeiros 15 minutos. Dudu perfis quase todas. Borja lutava e acertava mais do que vinha fazendo. Mas o Corinthians voltava a marcar muito bem. Só abdicou demais do contragolpe. Não soube explorar as partidas ruins de Mayke e Egídio. Todos os poucos rebotes que ficaram nos pés palmeirenses caíram com Egídio…
Mais não é preciso dizer no lance. Um dos rebotes ainda caiu para Moisés marcar um golaço, aos 22. Mas pouco mais fez o Palmeiras. Mesmo com a formação mais ofensiva, e sentindo a ausência do artilheiro Willian, só chegou em bolas cruzadas e com gente chegando atrasado. O Corinthians recuou demais. Mas ainda assim não deu mole. Com vontade de jogar ate exageradamente. Como Gabriel que voltou a campo, até prova em contrário, antes de ser autorizado, e poderia ter sido expulso por infantilidade.
Romero marcou mais que os laterais palmeirenses. Jô de novo foi a referência na frente. Clayson entrou muito bem mais uma vez. Balbuena liderou uma zaga eficiente.
Não foi brilhante. Ninguém é no BR-17. Mas quem mais buscou, melhor evitou os rivais, foi o time que foi abraçado pelo torcedor.
Façamos o mesmo