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Coritiba inaugurou Pacaembu sendo goleado pelo Palestra por 6 a 2

Coritiba inaugurou Pacaembu sendo goleado pelo Palestra por 6 a 2

O maior campeão do Pacaembu foi o primeiro vencedor de um torneio no estádio. Palestra Italia x Coritiba foi o primeiro jogo do estádio Municipal, como era chamado o atual Paulo Machado de Carvalho. Em 28 de abril de 1940, em rodada dupla, o Palestra venceu o campeão paranaense Coritiba por 6 a 2. No jogo de fundo, o Corinthians (campeão estadual de 1939) ganhou do Atlético (campeão mineiro) por 4 a 2.

A chuva atrapalhou o primeiro espetáculo. E talvez o fígado e o cotovelo do redator de ‘O Estado de S. Paulo’. Desde os anos 10 o centenário jornal nunca deu muita pelota aos ‘italianinhos’ do Palestra. Nos 8 a 0 contra o Corinthians, no SP-33, o diário mais cornetou a zaga alvinegra que a excelência do Alviverde.

A história se repetiu na inauguração do Pacaembu. O trecho abaixo dispensa comentários. Mas pode cornetar quanto quiser:

O redator fala que o ataque de um time que marcou seis gols teve atuação abaixo de “regular”… E sempre lembrando que o o Palestra mandou a campo um time misto.

Luizinho e Etchevarrieta foram os melhores no gramado enlameado.

O Coxa abriu o placa no primeiro ataque, no primeiro minuto. O ponta Zequinha bateu cruzado e fez 1 a 0 em Gijo.

Etchevarrieta marcou o primeiro gol palmeirense e paulista, aos 6. Ele ampliou aos 36, de pênalti. Luizinho Mesquita fez de cabeça o terceiro, aos 11 do segundo tempo, “visivelmente impedido”, segundo anotação do imparcial cronista.

Elyseo fez 4 a 1 aos 18, de cabeça, em escanteio batido por Etchevarrieta. Aos 22, o atacante argentino marcou belo gol, em lance individual. Aos 36, Sandro completou o lance que criou com Luizinho. O Coritiba fez o último

gol aos 42, quando Branco pegou mal na bola, e ainda assim venceu Gijo.

6 a 2 Palestra. Em atuação fraca do nosso ataque, segundo o cronista do Estadão…

No outro domingo, Corinthians x Palmeiras decidiriam o troféu. Na final do primeiro torneio do novo estádio, em 5 de maio de 1940, o campeão paulista de 1939 (eles) chegava como favorito contra o futuro campeão estadual de 1940 (nós). História que seria repetida várias vezes na história. E quase sempre com o mesmo final feliz.

Aos 17, Elyseo cruzou bola na área, e na falha de Munhoz, Etchevarrieta abriu o placar na primeira decisão no estádio Municipal.

O clássico seguiu equilibrado até o empate corintiano, aos 2 do segundo tempo. Carlinhos bateu cruzado e Begliomini fez contra. Aos 29, já com Pipi na ponta e Etchevarrieta na dele, no centro de ataque, Del Nero (pai do presidente Marco Polo da CBF) cruzou e Luizinho Mesquita (primeiro palestrino a jogar uma Copa, em 1938) entrou na corrida e fez de cabeça. 2 a 1 Palestra.

Só não marcou o terceiro porque o árbitro incorretamente – por impedimento – anulou lance que daria em gol de Etchevarrieta. Foi o único erro na condução de jogo de Heitor Domingues. O nosso Ettore, maior goleador da história do clube, árbitro do clássico que terminou 2 a 1 Palestra.

Campeão da Taça Cidade de São Paulo. Primeiro e maior campeão da história do Pacaembu. Nosso estádio por uso campeão.

(E o nosso amigo redator imparcial nem coragem teve de citar quem foi o palestrino que tanto o apoquentou…

Amigos, quando alguém falar que tudo era melhor no passado, releia o passado.)