A patrocinadora do Palmeiras já foi multada pela Receita e já ajustou o modelo de negócio com o clube para não driblar os impostos devidos. A questão é torcer para que a conta não fique pesada para o Palmeiras pagar pelo ajuste fiscal, que já inibiu investimentos em 2018. O clube agora não ganha mais a dinheirama que recebia para comprar seus presentes. Terá que devolver os empréstimos. Ainda que em condições muito boas de mercado. Não é mais mamãe ou titia dando presentes. Eles ainda são dados, mas com a promessa de que serão “devolvidos” com juros mais baixos e correção esportiva mais do que monetária.
Mas tudo é justo. Tanta a cobrança quanto a multa. E mais justo e correto ainda é o Palmeiras é patrocinadora abrirem o jogo a respeito. Explicarem enfim o que está acontecendo.
O que não significa dizer que não existe fair-play financeiro e outras ilações irresponsáveis de jornalistas e cidadãos.
O negócio era excelente para as partes. Agora é apenas ótimo. O risco para o Palmeiras era quase nenhum. Agora é bem mais caro. Mas ainda é investimento, e não gasto. Ainda vale muito a pena. E não é cessão de espaço. É conquista.
O Palmeiras teve mais sorte que tudo ao ganhar a Parmalat no colo, entre 1992 e 2000.
Teve sorte e competência para ter um presidente que saneou contas e também emprestou do bolso ao clube, em condições favoráveis, com interesses de torcedor e, claro, também políticos, como Paulo Nobre, de 2013 a 2016.
O Palmeiras teve sorte de, desde 2015, também ter um patrocinador que foi além do enorme investimento em publicidade. Também apostou e aportou muito dinheiro em reforços, tanto por interesses de coração quanto de negócio e de política.
Sorte do Palmeiras, que nem sempre sabe trabalhar com ela.
Azar dos rivais, que não sabem curar o cotovelo.
Não existe abuso econômico. Se houve, já foi devidamente enquadrado pelo fisco. O resto é medo do fiasco adversário.