De novo, Deyverson deixa o Palmeiras na mão. O atacante foi expulso após cuspir no jogador Richard do Corinthians e, de novo, falha. Falha o chip, o caráter, o bom senso, o bom futebol e o profissionalismo. Chances e mais chances sempre são dadas ao atacante. Conversas, conselhos e puxões de orelha. Nada funciona.
A lealdade tem que ser transformada em padrão, sempre. É isso o que diz o hino palmeirense, é isso o que representa o Palmeiras. Nada de cuspes, cabeça quente ou simulações exageradas. O palmeirense quer ver o atacante acertar, pelo menos, uma finalização – das 24 que erraram no jogo de hoje – e marcar o gol que dá o empate, que dá a vitória. Não quer ver o atacante perder a cabeça e prejudicar, de novo, o time.
Não é a primeira vez que Deyverson deixa o chip falhar. Temo que não seja a última. Temo que seja em jogo ainda mais importante. Temo, mais ainda, que a imaturidade do camisa 16 custe ao Palmeiras algum título.
Aqui não cabe cuspir em ninguém, não importa se veste preto e branco. Aqui cabe jogar futebol, fazer gols e, na bola, garantir mais três pontos para o Palmeiras.
Um cartão vermelho foi pouco, merecia três, como o Felipão disse na coletiva pós-jogo. E mesmo se fosse três cartões vermelhos ainda seria pouco, porque o maior erro não é chutar a bola para fora do gol, o maior erro é não respeitar o adversário.
Tem que ter raiva desse rival e tem que descontar a raiva no futebol jogado, com sangue nos olhos, raça e vontade de vencer na bola. Nunca no cuspe.