Foto: Cesar Greco/Ag. Palmeiras
Era uma briga contra um rival, contra o medo iminente de perder, de errar e de falhar. Não era só o clássico mais importante da tabela, era isso e muito mais. Foram dez minutos imponentes e importantes que pararam numa atuação irritante do goleiro Cássio. Até que em equívocos individuais vem o revés que mexeria substancialmente com o ânimo e a calma do time palmeirense.
Foram mais trinta minutos de um melancólico primeiro tempo em que nada funcionava. A mente, a mais deficitária. Com Scarpa em campo, o segundo tempo começa com uma dose de paz e confiança pra Felipão, Felipe e seus focados companheiros. O belo gol do volante e melhor em campo reergueu a lucidez da equipe que desde então, dominou a disputa. Foi acumulando chances de dobrar a esquina e virar um jogo, enfim.
Foi por um tris, uma trave, um impedimento e um goleiro em noite brilhante. O tipo de coisa que impede os pontos, mas não impede o orgulho de ver esse esforço. É importante e a gente pediu, pediu, pediu. Foco, dedicação, rolar pela disputa. O resultado nem sempre mostra, mas a atuação comprova. Longe do encantamento, mas próximo das raizes eficientes e esforçadas com as quais no habituamos.
Em coletiva, o Felipão. Que confirma permanência, que abraça seu time, que usa um tom manso e sereno. Que ignora os últimos momentos raivosos e refaz o costume sisudo disfarçando o afeto. É bom que se desmonte a arrogância. Que se desfaça a indolência. Que se reencontre o Palmeiras. Que me faça terminar um pós jogo reiterando que, na boa, na ruim, no empate ou na vitória, é bom torcer por esse time aí.