Os torcedores de Santos e Palmeiras se surpreenderam com o aumento das punições de Gustavo Henrique e Moisés para quatro jogos, mas o resultado dessa seção pode ser anulado em recurso por um erro do Tribunal de Justiça Desportiva de São Paulo.
O Dr. Cesar Antônio Saad, vice-presidente da 2° Comissão Disciplinar do TJD, foi convocado para participar do julgamento do tribunal pleno, mesmo tendo participado da votação nas punições de primeira instância, fato que impede que seu voto no julgamento do pleno para não viciar o processo. Porém, um documento do processo confirma seu voto nas punições de Moisés e Gustavo Henrique.
De acordo com o artigo 53 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, o julgamento pode ser imediatamente anulado pelo STJD quando a defesa trouxer o equívoco cometido pelo TJD-SP nesse princípio do processo desportivo, viciando o julgamento.
Santos e Palmeiras já apresentaram recurso. O julgamento no STJD ainda não tem data marcada.
Confira o trecho que confirma o vício do julgamento, comprovando o voto e contrariando a versão que o presidente do TJD-SP, Delegado Olim, disse em entrevista ao site da ESPN, rebatendo a apuração do colunista Rodrigo Fragoso, do Portal Nosso Palestra: "No Pleno, são nove (que votam). Como faltaram dois, você pega das Comissões (Disciplinares). Foram pegos dois: o Saad, que é vice de uma Comissão, e o Pepe, vice de outra. Na hora da votação dos dois jogadores, eles não votaram, mas sim se abstiveram. Como eu também me abstive de votar na punição ao técnico do Palmeiras, que tinha recebido uma advertência, mas eu já havia dito para a imprensa que era contra, pois para mim ele deveria ter sido absolvido. Como eu já tinha dado opinião antes, poderia haver problema de anulação", afirmou Olim. Confira o que foi registrado no Acórdão do processo em imagem destacada na capa da matéria.
Embora o TJD-SP seja um órgão, em tese, independente da FPF, os bastidores da alta cúpula alviverde trazem a informação de que há uma crença em um conluio para prejudicar o Palmeiras sempre que possível até o cessar do rompimento com a Federação.
Procurado, o Palmeiras não irá se manifestar publicamente sobre o assunto.