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Dois anos depois

Dois anos depois

Pensei umas 71 maneiras de começar esse texto, mas esbarrei nas memórias. Nas risadas que demos quando vimos o querido Ananias elogiando o ambiente do estádio que ele apelidou depois de uma noite triste pro Palmeiras e brilhante pra ele. Era o dia mais feliz dos últimos 22 e dividimos com eles todos, com vocês todos que hoje moram com Deus.

Você imaginava, Danilo, que em 2018 seu pequeno estaria com a farda do alviverde paulista comemorando o Deca com uma torcida que o adotou? Você poderia calcular, Caio, que o Felipão voltaria pra ser campeão brasileiro aos setentão? Incrível como as coisas não seguem quaisquer roteiros.

Depois que vocês se mudaram, a Chape se refez, teve um bom 2017, foi campeã catrinense e fez explodir a Condá que esperava aquele título que veio, mas sem vocês. Foi por vocês. Eles tem lutado nesse campeonato para permanecer na Série A, e como tem sido duro. Que força essas cores que além de Deca, são do maior coração desse continente, tem. Domingo, eles jogam pra ficar e certamente o Cléber Santana fará a preleção da vida, pelo céu, e tudo dará certo.

Presidente, estamos cuidando bem do menino, aqui. Hyoran continua com o fusca verde e já é campeão do país. Vai pra casa semana que vem levar a medalha pra Chapecó ver e sentir. Que legado o senhor deixou pro futebol. Se orgulhe, os frutos se espalharam.

Já são 24 meses desde que nos vimos pela última vez. Vocês serão uma saudade eterna. Meus colegas jornalistas que foram trabalhar no que sonharam, estariam contentes em saber que o jornalismo tá aí, sofrido, mas vivo. Vocês fazem saudades, também.

Ganhamos de novo. Festejamos de novo, mas quem dera pudéssemos dividir mais esse dia. Resta a esperança que tudo esteja bem, por aí, afinal, como brilhantemente disse Gui Cimatti, felizes são os clubes que tem a esperança como cor.

Pra sempre com vocês, Chape.