Dudu merecia um jogo 150 melhor pelo Palmeiras.
Como foi a decisão da Copa do Brasil de 2015 contra o próprio Santos. Quando ele fez os dois gols que dariam no tri. Como ele teve no sábado do clássico 1000 duas chances tão cristalinas quanto aquelas. Só que, desta vez, não deu.
Como foi o Dérbi no tabu quebrado no Pacaembu em 2016 quando ele venceu Cássio por cima, o Corinthians por todos os lados, e celebrou com o boné de Wanderley Nogueira como se fosse o chapéu de janeiro de 2015.
Como foi o Choque-Rei de 2017, quando Dudu encobriu Dênis do lado de Ceni, e marcou outro gol histórico no clássico.
Dudu tem se saído muito melhor no Palmeiras do que a encomenda que já era pesada. Ele foi e tem sido muito mais jogador – e mesmo ídolo – e também capitão do que se esperava. E esperneava.
Eu não teria pagado tudo que se pagou em janeiro de 2015. Mas logo entendi que o Palmeiras precisava de um investimento de retorno ao mercado como mostrou naquela manhã de domingo. Investimento que se pagou além da conta. Mesmo com o primeiro semestre instável, de pênalti decisivo perdido contra o Santos na primeira final do SP-15, e a agressão no árbitro na volta.
Dudu amadureceu. Com e sem a bola. Marcelo Oliveira apostou legal na sua adaptação como ponta-de-lança central. Cuca deu mais liberdade para ele rodar o ataque e Dudu foi essencial no BR-16.
Em 2017, como todo o Palmeiras, alternou momentos.
Mas o que já fez em quase três anos é para guardar por todos os tempos.
Para tirar o chapéu.