Foto: Cesar Greco/Ag. Palmeiras/ Divulgação
Esqueça, por alguns minutos, qualquer preconceito, conceito ou birra que você possa ter com a CBF, com a Seleção Brasileira, com o fornecedor de material esportivo da Seleção ou com o técnico Tite. Pense apenas em Eduardo Pereira Rodrigues. Dudu.
Dudu foi anunciado no Palmeiras em um domingo de manhã, pegando torcida – de vários times – e imprensa de surpresa. Dudu foi apresentado em pleno Allianz Parque. E disse: “Todo jogador que está em um grande clube pensa em Seleção Brasileira, pois é o topo da carreira. Mas penso primeiro no Palmeiras. Se eu fizer um bom trabalho aqui, a Seleção pode pintar”.
Mas ele foi além. Fez e faz um trabalho brilhante. Foi um dos pilares da reconstrução do quase rebaixado Palmeiras em pleno ano de centenário. Fez do clube não apenas grande, como disse em sua primeira entrevista coletiva. Fez do Palmeiras um gigante.
E desse gigante Palmeiras que renascia, Dudu foi personagem principal. De cara, vice-campeão Paulista (algo pouco valorizado no país) e campeão da Copa do Brasil marcando dois gols na final. Dois dos 16 que fez durante a temporada – que terminou como artilheiro do clube.
Com Cuca, a capitania. E a honra de levantar a taça de mais um campeonato nacional conquistado pelo Palmeiras. Líder, capitão e garçom: 12 assistências. E, além de campeão com o time, garantiu inúmeros prêmios individuais. E a seleção do Bola de Prata. Algo que viraria rotina.
O que não virou rotina foi uma vaga em outra Seleção, apesar de convocação e gol em amistoso contra a Colômbia – o gol da vitória no Jogo da Amizade.
Em 2017, mais um vice-campeonato, mais um bom ano. Fez o mesmo número de gols e assistências – 16 e 12 – de 2015, mas com três jogos a menos. Letal. E vencedor. Mais uma vez na seleção do Bola de Prata.
No ano do deca, a glória. Dudu se torna o artilheiro do Palmeiras no século XXI. É o que mais venceu no período. É o maior goleador do clube na história do Brasileiro de pontos corridos. É Bola de Ouro do Brasil. É o que mais jogou no Allianz Parque. Alliás, é o rei da Arena. É o que mais venceu (78 vezes), mais fez gols (28) e mais deu assistências (29). Não bastasse isso, recusou muito dinheiro para permanecer no Palmeiras. Não bastasse isso, ele respira Palmeiras. Ele e seus famosos filhos. Não bastasse isso, ele vibra Palmeiras. Ele sente o Palmeiras. É verde o sangue que corre em suas veias. Ele merece todos os elogios do mundo. Ele merece muito mais…
Ele merece a maior honra que um atleta, seja de qualquer modalidade esportiva, pode ter. Representar o seu país. Seja em Jogo de Amizade, seja em final de Copa do Mundo. É a melhor recompensa pelo trabalho feito. “É o topo da carreira”, disse Dudu, em sua apresentação.
M-e-r-e-c-i-m-e-n-t-o é algo muito trabalhado pelo técnico Tite.
M-e-r-e-c-i-m-e-n-t-o é o substantivo que resume o dilema “Dudu na Seleção Brasileira”. Como disse, esqueça, por alguns minutos, qualquer preconceito, conceito ou birra que você possa ter com a CBF, com a Seleção Brasileira, com o fornecedor de material esportivo da Seleção ou com o técnico Tite. Pense apenas em Eduardo Pereira Rodrigues. Dudu. Ele merece!