Se jogar a bola dos primeiros 35 minutos contra o Santos e dos primeiros 45 contra o São Paulo, a grande vantagem palmeirense de empatar o clássico com a deplorável torcida única no Pacaembu se transformará em enorme. Mesmo se a realidade de Rodrygo fizer fumaça provavelmente em cima de Tchê Tchê. Mesmo se Gabriel Barbosa honrar o faro artilheiro que já teve contra o Palmeiras. Mesmo se o Santos mostrar novamente tudo que se superou na segunda etapa diante do insuperável Jailson do Pacaembu.
O Palmeiras era favorito. Ficou ainda mais. Mas que ninguém conte ao elenco. Não acredito em grande queda física pelo desempenho inferior e a marcação menos intensa na segunda etapa. Senti momentos de um ar blasé da equipe. Sensação de que alguns jogadores acham que já ganharam. Ou ganharão os jogos. Claro que tem o desgaste. Evidente. Mas muitas vezes esse grupo passou a impressão de que ganharia quando gostaria.
E isso nunca dá certo. Mais ou menos como Santos perdeu e se perdeu na onda geral do já-ganhou da final da Copa do Brasil-15.
Espero estar mais uma vez errado. Mas o toque é necessário. Tanto quanto o ótimo futebol nas primeiras etapas contra São Paulo e Santos. Do melhor time do SP-18. Equipe que é tudo isso. Mas não pode se achar tudo aquilo.
Quem se acha se perde. E como o Palmeiras está reencontrando o futebol de Dudu agora pela direita. Como Keno voltou a voar. Como Willian segue sendo tudo aquilo que sempre foi em outros clubes e também no Palmeiras. Victor Luís está mandando muito bem. Felipe Melo é o melhor do Paulista. E Bruno Henrique voltou a ser o volante confiável que é, “basta” errar menos lá atrás para conseguir a classificação merecida.
(Só que ninguém conte isso e nem conte com isso, se é que vocês me entendem…).