Eu gosto de escrever sobre torcida. Não gosto de tentar ensinar ninguém a torcer. Até porquê muitas vezes não sei também. A paixão nos cega, nos tira do prumo e do rumo, mas fazer uma auto análise do seu papel dentro de um ambiente conturbado as vezes é extremamente necessário.
A única coisa que tenho certeza é que o Palmeiras nunca foi à lugar nenhum com esse “racha” em sua torcida.
Uns gostam do Borja, outros odeiam. Muitos querem Roger Machado longe, outros poucos acham que o treinador deva seguir o seu trabalho.
Uns vão ao estádio de peito e paixão aberta, outros de coração machucado e corneta altamente ligada.
Hoje, a partir do momento que a bola rolar é o momento perfeito de se unir. Não é hora de torcer pra perder, só pro técnico cair e a sua afirmação de uns tempos atrás estar “certa”.
Não é hora de vociferar e vaiar um jogador após algum erro de passe. O Palmeiras passa por uma grande oscilação, por (mais uma) bagunça interna, e o mais grave delas é: a falta de confiança.
É necessário abraçar o elenco. Demonstrar apoio. Estar junto. Assim como na final da Copa do Brasil em 15. Não importa a fase, o técnico, o adversário. O que importa é o Palmeiras.
Deixe as suas preferências pessoais em casa. O Palmeiras precisa do seu coração livre, leve e solto. Mais de 25 mil ingressos foram vendidos. Só vocês podem transformar o chiqueiro no inferno que eles tanto temem.
Um clássico pode significar muito. Ganhar de um adversário que nunca ganhou na sua casa, que ultimamente não vem sendo tanto casa, pode enfim colocar a equipe de volta ao bom futebol, que esse elenco já demonstrou ter.
Tudo pode passar. Basta acreditar. E tentar ajudar. O Palmeiras não são deles, muito menos dela. O Palmeiras é de 18 milhões de pessoas. Se representem!