O Palmeiras tem a melhor campanha desde 2003. Mas não deve ser o que foi em 2018 e mais do que qualquer outro desde 1959. Enormes méritos do líder que abriu 10 pontos faltando 11 rodadas no BR-19. E também deméritos da equipe do demitido Felipão e do admitido Mano. Clube que desde 2013 não consegue manter técnico uma temporada inteira.
Ganhar do Athletico na Arena não é para qualquer equipe. O Flamengo conseguiu na semana passada em jogo igual como foi o 1 a 1 deste domingo. Tiago Nunes rodou seu time mais do que o imaginado. Voltou com o goleador do ano Ruben que não foi bem na frente. Apostou em Bruno Nazário que não teve a mesma dinâmica de Cittadini. Foi feliz com o completo Adriano na lateral esquerda para mandar na cabeça de Cirino o primeiro gol, aos 6.
O Palmeiras equilibrou o jogo. Mano mudou taticamente a equipe desde o início. Sem Scarpa, apostou no 4-4-2 que, com a bola, era mesmo um 4-2-4, com Dudu e Zé Rafael pelas bordas, Willian e Deyverson (em boa jornada) na frente. Tiago meio que espelhou o 4-2-3-1 atleticano a essa surpresa alviverde, avançando mais Nazário.
Se o primeiro tempo foi igual e seria igualado com o gol de Deyverson em lance de Willian, aos 42, a segunda etapa foi mais do Furacão. Ainda que criando quase as mesmas chances do contragolpe alviverde. Dependente demais de Dudu para fazer tudo. Até marcar lá atrás. O que talvez não fosse o caso para um time que só tinha que pensar em vitória em Curitiba. Apesar da dureza da tarefa de vencer o campeão da Copa do Brasil em sua bela casa.
O empate não foi ruim para o Athletico que estaria ainda melhor na tabela não fossem os compromissos todos no segundo semestre cheio por disputar tantos torneios e taças. A vice-liderança não é ruim para o Palmeiras que pode ser o primeiro clube a ser campeão, vice, campeão e vice nacional desde 1959. Quatro anos seguidos entre primeiro e segundo.
Mas é “pouco” pelo planejado e esperado no Palmeiras. Ou apenas o “possível” para o momento impossível do Flamengo.