Não é da história e da glória do maior campeão do Brasil deixar o campo quando se sente prejudicado pela arbitragem. É do Palestra que nos ensina e do Palmeiras que é nossa sina ter a sede e a sanha de ganhar na bola o que outros se perdem pela boca. Em qualquer campo e sede.
O Palmeiras respondeu assim em 1986 e 1993. Em 2000, no pênalti de Marcos, Felipão conseguiu fazer por meio da mídia que o time do Palmeiras tivesse “raiva” dos rivais. Não medo. Nem pavor. Nem respeito demasiado. Também não violência e nem virulência. Apenas posicionamento. Apenas palmeirismo. Entrar duro e firme. Lealdade como padrão.
Não se quer “tapa na cara com responsabilidade” de ninguém. O que se deseja é um time que dê a cara a tapa e um tapa de craque na cara do gol. Uma equipe que não se perca em reclamação e não ache que os discutíveis erros de arbitragem são maiores que os desacertos da equipe.
É possível vencer em Itaquera porque é Palmeiras. Como encaminhou lá o enea em 2016. Como venceu no turno do BR-15. Como eliminou nos pênaltis o melhor time do SP-15. Como desde 1918, somadas as três casas do rival, o Palmeiras tem mais vitórias como visitante.
Ganhando por ser maior e melhor quem pensou pior e menor. Superando até erros de apito armado ou desarmando espíritos e apitos. E ganhando também com auxílio da arbitragem. O melhor time muitas vezes também tem as arbitragens melhores para ele.
A história do Palmeiras não é sair de campo quando achamos algo errado. É virar lá dentro o jogo quando ninguém mais acertou que o Palmeiras na história.
(Arte do DECLASSEBR)